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- Publicada em 27 de Janeiro de 2022 às 18:27

Investimentos postergados podem ir de R$ 2 bilhões a R$ 5 bilhões

De acordo com os empreendedores do setor, os investimentos que devem ser represados no segmento de biodiesel com a fixação da mistura no B10 podem variar de R$ 2 bilhões a R$ 5 bilhões nos próximos dois anos. Um dos grupos que já comunicou que irá adiar seus planos é a empresa gaúcha BSBIOS.
De acordo com os empreendedores do setor, os investimentos que devem ser represados no segmento de biodiesel com a fixação da mistura no B10 podem variar de R$ 2 bilhões a R$ 5 bilhões nos próximos dois anos. Um dos grupos que já comunicou que irá adiar seus planos é a empresa gaúcha BSBIOS.
O presidente da companhia, Erasmo Carlos Battistella, comenta que a BSBIOS possui propostas de expansão das suas duas unidades industriais (em Passo Fundo - RS e Marialva - PR) e na produção de óleos vegetais. “Inclusive com projetos bem adiantados de engenharia e licenciamento ambiental, mas neste momento vamos esperar, aguardar para ver qual a decisão do governo”, afirma o dirigente. Esses empreendimentos absorveriam um aporte de cerca de R$ 1 bilhão.
Battistella prefere não detalhar as iniciativas, porém adianta que elas serão retomadas se o governo decidir pelo aumento da mistura do biodiesel no diesel. Segundo dados da ANP, cada uma das plantas da BSBIOS tem capacidade para a produção diária de 1,3 milhão de litros e as duas têm processos em andamento para chegar até 1,5 milhão de litros ao dia. Ainda de acordo com a agência, o Brasil conta hoje com um parque industrial de 53 usinas com autorização para produção de biodiesel. Outras 12 unidades estão em construção (capacidade de cerca de 5,6 milhões de litros ao dia) e mais cinco plantas que estão em processo de ampliação (em torno de 1,2 milhão de litros diários).
Para Battistella, foi equivocada a decisão do governo federal pelo B10. “Fazer uma conta simplesmente que o biodiesel está um pouco mais caro na bomba, na nossa avaliação, não é a interpretação correta, por isso o setor acredita que o governo precisa rever essa posição”, afirma. Ele recorda que havia, inicialmente, a previsão de entrar em março deste ano com uma mistura de 14% (conforme a Resolução CNPE nº 16/2018). Dentro dessa perspectiva, o presidente da BSBIOS comenta que muitas companhias fizeram investimentos e agora estão tendo que reavaliar suas estratégias com a instituição do B10.
O dirigente enfatiza que, quando ocorre uma redução compulsória de mercado, como é o caso, as empresas não têm motivos para investir. “A cadeia como um todo da indústria do biodiesel, infelizmente, está congelando os investimentos”, reforça. Battistella ressalta que o impacto do custo do biodiesel é diluído no preço final do diesel por constituir um pequeno percentual na mistura. “Não se pode mudar a estratégia de um setor que está sendo construído com muito suor e trabalho há quase 20 anos por uma questão de alguns centavos”, defende o presidente da BSBIOS.
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