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- Publicada em 28 de Janeiro de 2022 às 03:00

Centrão no comando do orçamento

Partidos do Centrão vão comandar quase R$ 150 bilhões do Orçamento de 2022

Partidos do Centrão vão comandar quase R$ 150 bilhões do Orçamento de 2022


/WILSON DIAS/ABR/JC
Nunca nenhum grupo dentro do Congresso Nacional (foto) teve tanto poder e recursos para administrar às vésperas de uma eleição. Partidos do Centrão vão comandar quase R$ 150 bilhões do Orçamento de 2022. As legendas do PP, PL e Republicanos vão definir a destinação dos recursos, superiores ao orçamento dos ministérios da Defesa (R$ 116,3 bilhões) e da Educação (R$ 137 bilhões). É a primeira vez que um volume tão grande de recursos fica nas mãos de apenas três legendas, detendo tanto poder sobre a peça orçamentária. No comando, o Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) que se autodenominou em entrevista, como "para raio do Posto Ipiranga". Paulo Guedes perde espaço com as decisões de liberação de verbas, na mão do Centrão. Essa concentração de recursos, na avaliação de alguns deputados, vai impactar no índice de reeleição de parlamentares.
Nunca nenhum grupo dentro do Congresso Nacional (foto) teve tanto poder e recursos para administrar às vésperas de uma eleição. Partidos do Centrão vão comandar quase R$ 150 bilhões do Orçamento de 2022. As legendas do PP, PL e Republicanos vão definir a destinação dos recursos, superiores ao orçamento dos ministérios da Defesa (R$ 116,3 bilhões) e da Educação (R$ 137 bilhões). É a primeira vez que um volume tão grande de recursos fica nas mãos de apenas três legendas, detendo tanto poder sobre a peça orçamentária. No comando, o Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) que se autodenominou em entrevista, como "para raio do Posto Ipiranga". Paulo Guedes perde espaço com as decisões de liberação de verbas, na mão do Centrão. Essa concentração de recursos, na avaliação de alguns deputados, vai impactar no índice de reeleição de parlamentares.
Distorção da democracia
Na avaliação do deputado federal gaúcho Henrique Fontana (PT), "infelizmente essa concentração de recursos, vai impactar, criando a falsa impressão de que são esses parlamentares responsáveis por obras A, B, C; significa a ampliação da base eleitoral deles". O que está acontecendo, na visão do congressista, "é uma distorção democrática sem precedentes por esta implantação do orçamento secreto, que não é a vontade real do eleitor. "Independente de que eu seja um opositor do governo Bolsonaro, e eu também trabalho para que o presidente seja o Lula, nós sabemos que quando o cidadão chega a Presidente da República, para dar o exemplo de presidente, ele tem uma expectativa de um conjunto de obras de programas estruturais para o País."
O privilégio "por dizer amém"
No entendimento de Fontana, "o eleitor não quer fragmentar o orçamento em pequenas decisões que são tomadas por um conjunto de parlamentares privilegiados, porque só quem tem acesso a esse orçamento são parlamentares que dizem amém ao governo de plantão, no caso atual, o governo Bolsonaro. Então tem um jogo para além de todo o prejuízo institucional, de obras estruturais para o país, também tem um jogo de toma lá, dá cá que é totalmente inadequado".
Meu voto é de opinião, diz Bibo
"Não sou do Centrão", disse o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PSL), de malas prontas para ingressar no PL, acompanhando o presidente Jair Bolsonaro, quando questionado sobre os recursos concentrados no Centrão. Ele enfatizou que não depende das emendas parlamentares.
 
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