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Repórter Brasília

- Publicada em 20 de Janeiro de 2022 às 21:00

Contracheque gordo


PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO/DIVULGAÇÃO/JC
Decisões do procurador-geral da República, Augusto Aras, permitiram que os procuradores recebessem indenizações e outros penduricalhos no contracheque de dezembro. O maior valor pago individualmente foi de R$ 446 mil. Nada mau.
Decisões do procurador-geral da República, Augusto Aras, permitiram que os procuradores recebessem indenizações e outros penduricalhos no contracheque de dezembro. O maior valor pago individualmente foi de R$ 446 mil. Nada mau.
Força dos penduricalhos
Aras tomou duas decisões, no final de 2021, permitindo que os procuradores recebessem valor extra de quase R$ 500 mil, em dezembro. O maior contracheque foi do procurador regional, José Robalinho Cavalcanti, que tem um salário base de R$ 35,4 mil. Ele ganhou R$ 446 mil em rendimentos brutos naquele único mês, a partir de indenizações e outros penduricalhos.
Driblando a regra
A Constituição limita o pagamento de salários no funcionalismo ao que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), R$ 39,3 mil. Em alguns casos, porém, órgãos públicos conseguem driblar a regra ao incluir vantagens recebidas como verbas indenizatórias, que não entram nesse cálculo.
Extras comprometem
Para o deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB), "não é de hoje que temos problemas no serviço público, vamos dizer assim, no andar de cima, com esses penduricalhos" Ele completa: "Isso, inclusive, na esfera estadual. A gente já viveu e conviveu com isso há muito tempo. Agora, a nível federal, também a gente tem notícia de que isso ocorre".
Servidor milionário
Na opinião do parlamentar, "é ruim para a própria categoria, é ruim para a transparência de todos que estão envolvidos nisso". Ele aponta que o assunto sempre gera discurso. "Mesmo que sejam poucos que recebam, todos acabam recebendo as críticas de que todo o servidor público é milionário, que o servidor público tem penduricalhos, tem favores, tem privilégios".
Dinheirão solto
A presidente do PSDB Mulher, ex-governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius, acredita que "com a mudança na fórmula de fazer política pelos partidos, com um dinheirão solto, tudo o que está sendo feito, agora, tem a ver com a janela partidária, o toma lá, dá cá, o compra e vende; para garantir as candidaturas nos Estados."  Para Yeda, "elas que vão definir a força eleitoral, que bases os candidatos a presidente vão ter".
Candidaturas ideológicas
Na opinião de Yeda, as futuras candidaturas serão ideologicamente definidas nas federações. "Vai diminuir o número de candidatos e vão fazer acordo dentro de um campo político ideológico". Ela aponta ainda que "o jogo passou muito pesado do ponto de vista da capacidade financeira, e está muito associado ao aparelhamento do Estado". Nesse sentido, complementa: "Basta ver que o Centrão está com Bolsonaro comandando o orçamento inteiro".
 
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