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Repórter Brasília

- Publicada em 08 de Setembro de 2021 às 03:00

A tempestade continua

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) tem mantido distância do chefe do Executivo

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) tem mantido distância do chefe do Executivo


/Marcos Oliveira/Agência Senado/JC
O presidente Jair Bolsonaro conseguiu, neste 7 de setembro, levar o povo para a rua. A necessária foto para ajudar na recuperação de seu desgaste político foi feita e será mostrada como argumento de que ele tem "apoio popular". A convocação política que vinha sendo feita pelo presidente funcionou. Bolsonaristas de todo o País compareceram, e na Esplanada, em Brasília, os tanques foram substituídos por caminhonetes cabines duplas, que furaram o bloqueio da polícia na noite de segunda-feira, a maioria com bandeiras do Brasil penduradas nos capôs, além de caravanas com ônibus e caminhões, saudados por empresários que tiveram hotéis e restaurantes lotados no feriado. Os manifestantes contra Bolsonaro mobilizaram-se em frente à torre de TV, a oito quilômetros da Esplanada, e não fizeram muito barulho, com frases como: "melhor comprar feijão do que fuzil".
O presidente Jair Bolsonaro conseguiu, neste 7 de setembro, levar o povo para a rua. A necessária foto para ajudar na recuperação de seu desgaste político foi feita e será mostrada como argumento de que ele tem "apoio popular". A convocação política que vinha sendo feita pelo presidente funcionou. Bolsonaristas de todo o País compareceram, e na Esplanada, em Brasília, os tanques foram substituídos por caminhonetes cabines duplas, que furaram o bloqueio da polícia na noite de segunda-feira, a maioria com bandeiras do Brasil penduradas nos capôs, além de caravanas com ônibus e caminhões, saudados por empresários que tiveram hotéis e restaurantes lotados no feriado. Os manifestantes contra Bolsonaro mobilizaram-se em frente à torre de TV, a oito quilômetros da Esplanada, e não fizeram muito barulho, com frases como: "melhor comprar feijão do que fuzil".
Campanha eleitoral
O 7 de Setembro político, provocado por Bolsonaro, deixa claro que a campanha eleitoral volta para as ruas e a televisão perde o protagonismo. Os políticos assumem novamente o comando da busca de votos, ao velho estilo do que já foi no Brasil e ainda permanece em alguns países, como a França. As reações do público, no "comício", com o político no palanque, são imediatas. Enfim, saem os marqueteiros e voltam as raposas políticas, que conhecem o corpo a corpo com o eleitor. Parece que até as eleições de 2022, o velho estilo provocativo de denúncia começa a ocupar mais espaço.
Queda de popularidade
Enquanto isso, os números mostram sua queda de popularidade e o agravamento da situação econômica, fato que, em parte, pode mudar na próxima pesquisa. A última pesquisa do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), divulgada no final de junho, mostrou que a aprovação do governo caiu para 24%, enquanto a renovação alcançou 49%. Já a pesquisa Datafolha sobre as eleições presidenciais de 2022 apontam que as intenções de voto em Bolsonaro recuaram, e o atual presidente não seria reeleito em qualquer dos cenários avaliados.
O maior problema
Ao mesmo tempo, a população atravessa fortes dificuldades econômicas, com a disparada da inflação, desemprego, e os preços dos alimentos subindo meteoricamente, sem falar nos combustíveis.
Distanciamento das lideranças
As lideranças políticas do Parlamento e de setores importantes da sociedade começam a se distanciar. A ausência dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG, foto), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo, Luiz Fux, no evento de 7 de Setembro, realizado em torno do Palácio da Alvorada, por sinal um belo espetáculo proporcionado pelas Forças Armadas, chamou a atenção e botou muita gente para pensar, num certo isolamento do presidente da República.
 
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