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Repórter Brasília

- Publicada em 18 de Julho de 2021 às 19:43

Gaúcho com alma de mineiro

Há meses são públicas as hostilidades do presidente da República contra o vice Hamilton Mourão

Há meses são públicas as hostilidades do presidente da República contra o vice Hamilton Mourão


Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasilia/Divulgação/JC
Gaúcho com alma de mineiro. Esse é o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que, neste momento de grande reboliço político, pegou um avião e foi para a África deliciar seus ouvidos com todos os sotaques e variantes da língua portuguesa. Enquanto isto, no Brasil, o caldo entornava, com as inevitáveis suspeitas, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi transladado a São Paulo para um tratamento médico de emergência.
Gaúcho com alma de mineiro. Esse é o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que, neste momento de grande reboliço político, pegou um avião e foi para a África deliciar seus ouvidos com todos os sotaques e variantes da língua portuguesa. Enquanto isto, no Brasil, o caldo entornava, com as inevitáveis suspeitas, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi transladado a São Paulo para um tratamento médico de emergência.
Batendo a porta do titular
Há meses que são explícitas, públicas, indesmentíveis, as hostilidades do presidente contra seu vice. Mourão (foto), que chegou à política cuspindo fogo quando ainda era general da ativa, comandante em Porto Alegre, qualificado pela mídia e oposição como um linha-dura empedernido, desde os primeiros momentos que vestiu seu boné de governante vem se firmando com a imagem de estadista. Parece a antítese de seu companheiro de chapa: quanto mais Bolsonaro se afunda nos seus destemperos verbais, mais Mourão se coloca como voz sensata. Diriam os historiadores: mais um vice-presidente batendo à porta do titular. O general, mineiramente, esquiva-se.
Longe da turbulência
Saindo do País no momento em que muita coisa indicava turbulência na Praça dos Três poderes, com calma e sem levantar suspeitas, o vice-presidente afastou-se para não dar corda à inevitável hostilidade do Palácio do Planalto. Se Bolsonaro tivesse que passar o governo para o substituto legal, só encontraria disponível o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o terceiro na linha de sucessão.
Mourão em Angola
O primeiro da lista, o vice-presidente Hamilton Mourão, estaria a mais de 10 mil quilômetros, em Angola, na África, debatendo com os países irmãos as dúvidas das crases, tremas, verbos e pronomes. O segundo, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL) declinaria, pois está envolvido numa penca de processos, ainda dos tempos em que atuava em Alagoas. Não faltaria alguém para impugnar sua posse na Justiça, pois com essa ficha, não pode, pela lei, sentar na cadeira de Bolsonaro.
Fora das especulações
Assim calmo, estaria Mourão a demonstrar-se sóbrio, confiante na saúde de seu presidente, ou seja, seu nome está fora das especulações. O certo é que se o tratamento médico recomendar um afastamento, ele poderá assumir o cargo sem dizer que fora guloso quando a doença deu um susto no seu companheiro de chapa. Mineiramente.
Começa a cancha reta
O governador de São Paulo, João Doria Junior, iniciou uma ofensiva para deter o crescimento entre os filiados do PSDB, nas prévias para escolher o candidato do partido em 2022, do nome de seu correligionário gaúcho, o governador Eduardo Leite, que cresce exponencialmente nos ninhos tucanos. Enquanto Leite monta uma equipe de campanha ancorada em Brasília, Dória sai a campo para captar votos. Segundo informações dos bastidores do PSDB, com seu poder de governador do estado líder da federação, Doria está chamando para reuniões, almoços e jantares, no Palácio dos Bandeirantes, no bairro do Morumbi, delegados à convenção dos estados do Norte, como Roraima, Rondônia, Amapá e Acre. Os parelheiros alinham-se no partidor.
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