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Repórter Brasília

- Publicada em 15 de Julho de 2021 às 03:00

Formação de uma nova sociedade

"Famílias inteiras estão indo a óbito em razão da pandemia, necessitando que o Estado atue na defesa dessas pessoas mais vulneráveis", afirma senadora Eliziane Gama

"Famílias inteiras estão indo a óbito em razão da pandemia, necessitando que o Estado atue na defesa dessas pessoas mais vulneráveis", afirma senadora Eliziane Gama


GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO/JC
Um ano e cinco meses depois de chegar ao Brasil, a Covid-19 faz um estrago que assusta: mais de 530 mil mortos. No rastro dessa destruição, a imagem do País perde espaço entre as grandes nações e contribui para abalar mais ainda a já frágil economia. O Brasil, que já foi exemplo mundial em campanhas de vacinação, fracassou pela falta de uma política de governo para combater a doença importada.
Um ano e cinco meses depois de chegar ao Brasil, a Covid-19 faz um estrago que assusta: mais de 530 mil mortos. No rastro dessa destruição, a imagem do País perde espaço entre as grandes nações e contribui para abalar mais ainda a já frágil economia. O Brasil, que já foi exemplo mundial em campanhas de vacinação, fracassou pela falta de uma política de governo para combater a doença importada.
Vítimas da Covid
Paralelamente a essa tristeza que aos poucos vai desacelerando, mas ainda sem nos dar esperanças de recuperação total da sociedade em curto ou médio prazo, há outro problema gravíssimo e silencioso que se forma aos poucos: são as vítimas da Covid. E as vítimas não são só os que se foram, mas milhões dos que ficaram.
Esfacelamento das famílias
Um recente estudo de Ana Amélia Camarano, técnica do Instituto de Pesquisas Aplicadas (Ipea), identificou que, caso as mortes por Covid-19 continuassem na média de mil pessoas por dia, cerca de quatro milhões de adultos e um milhão de crianças ficariam na pobreza com a perda de idosos que sustentavam suas famílias. Não é só a miséria material, a fome, o desemprego, a falta de educação ou a exposição às doenças. É, também - e sobretudo -, o esfacelamento da família, as ausências de pai, mãe, e, em muitos casos, filhos e irmãos que deixaram milhares ao abandono, também afetivamente.
Cenário é ainda pior, diz senadora
Autora do projeto de Lei nº 2.180/2021, prevendo a criação do Fundo de Amparo às Crianças Órfãs pela Covid-19 (Facovid), a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA, foto) citou o estudo da economista Ana Amélia Camarano para justificar a sua proposta. De acordo com a senadora, "o cenário é muito pior do que o previsto pela pesquisadora, já que famílias inteiras estão indo a óbito em razão da pandemia, necessitando que o Estado atue na defesa dessas pessoas mais vulneráveis".
Fundo especial aos municípios
"Nós apresentamos um projeto para atender essas crianças e adolescentes, criando um fundo especial que poderá ser direcionado aos municípios brasileiros para o fortalecimento do Fundo Nacional da Infância. Portanto, uma ajuda a mais, um 'plus' para essas crianças e adolescentes em todo o Brasil", disse Eliziane em recente entrevista à Agência Senado. O projeto da senadora surgiu a partir da ideia do jornalista Walberto Maciel, que apresentou a proposta originalmente ao portal e-Cidadania.
Cenários da infância
A essa realidade, soma-se os dados da Fundação Abrinq, de 2018, que aponta o "Cenário da Infância e Adolescência, no qual 40,2% dos brasileiros com até 14 anos vivem em situação de pobreza. E, aproximadamente, 4 milhões de crianças moram em favelas".
Abrigos e o governo
Já o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indica que quase 35 mil crianças e adolescentes moram em abrigos em todo o País. Ou seja, são crianças sem a convivência com a família. A mesma fonte informa também, que, já em 2013, mais de 5 milhões de crianças e adolescentes sequer possuíam o nome dos pais em suas certidões. Aí cabe a pergunta: quais os programas ou projetos sociais de longo prazo promovidos com eficiência pelos governos Brasil afora?
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