Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 23 de Junho de 2021 às 21:29

Liga fortalecida assusta a CBF

No relatório que entregou à CPI do Futebol, em 2016, o senador Romário apresentou sugestões para modernizar o esporte

No relatório que entregou à CPI do Futebol, em 2016, o senador Romário apresentou sugestões para modernizar o esporte


PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO/JC
Os clubes da Série A do futebol divulgaram o desejo de criar uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro. Já tivemos uma liga que era o Clube dos 13, com bons resultados. Além disso, "ligas" são previstas na Lei Pelé (nº 9.615/98), mas para que seus certames sejam válidos, as confederações - no caso a CBF - precisam homologar. Conversando eles se entendem, e a bola vai rolar.
Os clubes da Série A do futebol divulgaram o desejo de criar uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro. Já tivemos uma liga que era o Clube dos 13, com bons resultados. Além disso, "ligas" são previstas na Lei Pelé (nº 9.615/98), mas para que seus certames sejam válidos, as confederações - no caso a CBF - precisam homologar. Conversando eles se entendem, e a bola vai rolar.
'Eu sou você amanhã'
Porém, é estranho que só os clubes da Série A queiram se organizar em liga. E os demais, das séries B, C e D? Sem esquecer que Botafogo, Cruzeiro e Vasco, hoje na Série B, poderão estar de volta à primeira divisão no ano que vem, e outros quatro que hoje figuram na elite estarão rebaixados. Todos, na verdade, participam daquela máxima: "Eu sou você amanhã". Logo...
Romário quer todas as séries
No relatório que entregou à CPI do Futebol, em 2016, o senador Romário (foto) apresentou sugestões para modernizar o nosso esporte. Entre elas, a criação da Liga de Futebol, mas com uma abrangência geral, isto é, pegando todas as séries, A, B, C e D, assim como o futebol feminino e as demais competições, como a Copa do Brasil, por exemplo.
Liga superfortalecida
Faz sentido a proposta do Baixinho. Em primeiro lugar, seria uma Liga de Futebol superfortalecida. Em segundo lugar, as gurias poderiam fazer os jogos preliminares dos marmanjos no Campeonato Brasileiro, o que ajudaria a popularizar cada vez mais o jogo das mulheres. E, sobretudo, com 80 clubes na liga, ficaria muito mais atrativo negociar os direitos de imagens, a publicidade em campo, o marketing em geral.
Mudança geral
A questão é que esse potencial assusta a CBF. Os clubes teriam força para tentar mudanças na gestão geral do futebol que, convenhamos, está precisando. Além de corruptos e banidos do futebol, também temos cartolas que inoportunam funcionárias.
Fracasso na gestão
Pentacampeão em campo, o futebol brasileiro continua um fracasso na sua gestão. Segundo dados da Agência Ernest & Young, a CBF tem 7 mil clubes registrados e 360 mil atletas atuantes. São 250 competições anuais em níveis federal, estadual e municipal. Em 2018, o futebol gerou 156 mil empregos e movimentou R$ 52,9 bilhões no Brasil; pagou R$ 761 milhões de tributos e representou 0,72% do PIB.
Futebol elitizado
Apesar de tudo isso, o que temos de legado depois de sete anos da Copa no Brasil? Que lições ficaram senão os "modelos Fifa"? Tornaram o futebol mais elitizado, acabando com a geral do histórico Maracanã, inclusive?
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO