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Repórter Brasília

- Publicada em 20 de Junho de 2021 às 20:40

Temporada 2022

O segundo semestre abre-se já sob o impulso da campanha presidencial, com uma primeira triagem de nomes de oportunidade que frequentavam os noticiários e as expectativas oportunistas. Figuras famosas deixam o cenário voltando-se para seus campos de trabalho em que tiveram êxito e projeção, a ponto de serem lembrados para conduzir os destinos do País. Sonhos de noites de verão. Nessa linha, sobrevivem os candidatos populistas fortemente alicerçados em segmentos políticos e corporativos.
O segundo semestre abre-se já sob o impulso da campanha presidencial, com uma primeira triagem de nomes de oportunidade que frequentavam os noticiários e as expectativas oportunistas. Figuras famosas deixam o cenário voltando-se para seus campos de trabalho em que tiveram êxito e projeção, a ponto de serem lembrados para conduzir os destinos do País. Sonhos de noites de verão. Nessa linha, sobrevivem os candidatos populistas fortemente alicerçados em segmentos políticos e corporativos.
Opções menos estridentes
Em contrapartida, aparecem no cenário outros nomes que possam oferecer ao eleitorado opções menos estridentes e mais confiantes. Este tem sido o surpreendente comportamento do eleitorado brasileiro, a saber, de trás para frente: o populista Fernando Collor foi substituído por um acadêmico que estava em final de mandato de senador, sem chances eleitorais, Fernando Henrique Cardoso, até ser relançado como opção confiável para suplantar as tragédias do confisco monetário promovido pelo chamado Plano Collor.
Descambando para ditadura
Antes disso, difícil de explicar, mas realismo histórico confirma a teoria, o populismo dos fracassados presidentes Jânio Quadros e João Goulart, intercalados com o hiato moderado do governo parlamentarista do primeiro-ministro Tancredo Neves, foi sucedido pelo regime austero do presidente Castello Branco, originado num golpe militar e parlamentar, descontrolado politicamente, descambando para uma ditadura.
Kubitscheck consagrado
Lá atrás, pode-se dizer que o populismo do presidente Getúlio Vargas gerou igualmente duas experiências eleitorais anti-populistas, com a eleição do general Eurico Gaspar Dutra, em 1946, e do então pouco conhecido governador de Minas Gerais, em 1956, Juscelino Kubitscheck, que, entretanto, saiu consagrado de seu mandato, assim como, igualmente, FHC, que ganhou duas eleições contra o populista Luís Inácio Lula da Silva no primeiro turno.
Terceira via
Estes são sinais históricos irrefutáveis de que algo pode mudar no reino da Dinamarca, com um novo quadro pré-eleitoral, hoje totalmente dominado pelas maiores e mais estridentes expressões populistas do cenário político brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e o ex-governador Ciro Gomes. Nos bastidores, forças politicas procuram articular a chamada terceira via, um sonho que pode fracassar, como em 2018, mas tem precedente histórico, como relembram observadores e estudiosos da cena político-eleitoral do País.
Cartas na mesa
Os céticos não veem espaços para essa possibilidade, lembrando o naufrágio das forças centristas mais vigorosas, em 2018, com nomes fortíssimos, como Geraldo Alckmin, do PSDB e Henrique Meirelles, do MDB. Entretanto, essas mesmas correntes estão à procura dessa brecha histórica, e aí aparecem nomes improváveis, mas capazes de gerar confiança para sair da situação trágica pós-pandemia, tais como os tucanos Eduardo Leite, João Doria, Tasso Jereissati, ou os dissidentes da esquerda ortodoxa, Aldo Rebelo e Flávio Dino, e, por fim, alguma nova opção da chamada nova política, como o vice-presidente Hamilton Mourão, que se firma como uma voz sensata nos domínios da direita. O jogo ainda não está jogado, apenas as cartas estão na mesa.
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