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Repórter Brasília

- Publicada em 04 de Junho de 2021 às 03:00

Consumo de água

Alceu Moreira critica responsabilidade atribuída ao agronegócio pela crise hídrica

Alceu Moreira critica responsabilidade atribuída ao agronegócio pela crise hídrica


LUIZA PRADO/JC
O Brasil atravessa um de seus períodos mais críticos de seca. Segundo o Ministério de Minas e Energia, este é o maior período de estiagem nos últimos 91 anos. Começa de novo o dedo apontado para o consumo do agronegócio. Nos últimos anos tem se discutido o consumo de água, "sem buscar efetivamente a causa", assinala o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB).
O Brasil atravessa um de seus períodos mais críticos de seca. Segundo o Ministério de Minas e Energia, este é o maior período de estiagem nos últimos 91 anos. Começa de novo o dedo apontado para o consumo do agronegócio. Nos últimos anos tem se discutido o consumo de água, "sem buscar efetivamente a causa", assinala o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB).
Emergencial é emergencial
Alceu Moreira (foto) não concorda com as afirmações de que a cada 100 litros de água produzidos no Brasil, 72 vão para o agronegócio. "Com a seca, quando se trata de uma questão emergencial, não dá para tratar do emergencial como se fosse normal. O emergencial é emergencial. Tem que saber em que lugar está acontecendo, qual a capacidade. Não dá para discutir a questão da seca com o seguinte: tem água para beber ou para a agricultura. Isso tem muito a ver com a criminalização do agro. As pessoas sentam à mesa, se saciam, e depois falam mal da agricultura", afirma.
Equívoco completo
Além disso, acentua Alceu Moreira, "a água usada na agricultura volta para o sistema. A água não some. Se falta água, tem que fazer uma série de exercícios para economizar água. Uma delas, certamente, poderá ser a racionalização na agricultura. Agora, começar a discussão dizendo que a agricultura é responsável por isso ou por aquilo é um equívoco completo".
70% agricultura e pecuária
Segundo dados recentes da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), "significa dizer que 70% do abastecimento são endereçados à agricultura e à pecuária".
População é a que menos gasta
No levantamento da ANA e da FAO, a indústria e a mineração são responsáveis por 12% do consumo, enquanto a população recebe só 4%. Há quem defenda que "se feche a torneira do agronegócio". A crise hídrica impacta diretamente a economia. O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Bruno Funchal, disse que "a crise hídrica está no radar, e o governo busca medidas que minimizem esse risco".
Chuvas ajudaram
O deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB) admite que "o País está numa dificuldade hídrica, em especial, na bacia do Rio Paraná, que atinge o Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais pelos terrenos de jarro que já se ouviu falar."
Não pode só tirar e tirar
No Rio Grande do Sul, lembra Schuch, tivemos umas chuvas muito boas agora que amenizam a situação. Mas advertiu que quando a chuva é pequena não repõe os mananciais. "Então só tirar, tirar, tirar, já se sabe onde isso vai terminar."
 
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