Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 30 de Maio de 2021 às 21:02

A volta do campeão de audiência

Senador emedebista Eduardo Braga é adversário regional de Eduardo Pazuello no Amazonas

Senador emedebista Eduardo Braga é adversário regional de Eduardo Pazuello no Amazonas


Marcelo Camargo/ABR/JC
Campeão de audiência, o general Eduardo Pazuello foi convocado a voltar à chamada "CPI da Cloroquina", desta vez não mais como ministro defenestrado, mas já virtual pré-candidato a um cargo político no seu estado, o Amazonas. Provavelmente, estará numa situação jurídica mais difícil do que na sua primeira aparição, já como indiciado, um pouco pior que testemunha, configuração de sua primeira passagem pela comissão. Pergunta: o relator Renan Calheiros (MDB-AL) vai prendê-lo? É um boato em Brasília.
Campeão de audiência, o general Eduardo Pazuello foi convocado a voltar à chamada "CPI da Cloroquina", desta vez não mais como ministro defenestrado, mas já virtual pré-candidato a um cargo político no seu estado, o Amazonas. Provavelmente, estará numa situação jurídica mais difícil do que na sua primeira aparição, já como indiciado, um pouco pior que testemunha, configuração de sua primeira passagem pela comissão. Pergunta: o relator Renan Calheiros (MDB-AL) vai prendê-lo? É um boato em Brasília.
Segunda temporada
A verdade é que a volta do general deve encher os vídeos das tevês a cabo, podendo mesmo atrair alguma rede aberta. A primeira temporada do general foi marcada pelo desempenho espetacular de senadores do governo e oposição (ou ao contrário, a "situação", na CPI, são os adversários do presidente da República, e a oposição, lá, são os governistas, a minoria opositora, os quatro gatos pingados da bancada bolsonarista).
Volta da audiência
Turbinada pela surpresa geral do desempenho de Pazuello, somada à grande repercussão dos "mentiu, mentiu", a CPI concluiu por chamar o ex-ministro da Saúde de volta, pois não há bom prato nacional para alentar o programa daqui para frente ao palco regional. Quem quererá escutar as mazelas do pobre (no sentido de desvalido politicamente) governador Mauro Carlese, do Tocantins, ou Helder Barbalho, do Pará, fora de suas fronteiras? No Rio Grande do Sul, pode ser que Carlos Moisés, de Santa Catarina, cassado e recassado, ganhe alguma atenção dado o grande número de banhistas gaúchos nas praias catarinenses. A audiência vai mergulhar no traço. Fica só a TV Senado ao vivo. Chama o Pazuello.
De peito aberto na campanha
Já o general estará dando seus primeiros passos na nova carreira que se abre à sua frente. Ninguém mais duvida que ele está pedindo seu pijama de reservista e que entra de peito aberto na campanha eleitoral que se inicia justamente no palco da CPI da Covid. Ali ele era aguardado como uma testemunha assustada, monossilábica, escondido atrás de um habeas corpus, um verdadeiro saco de pancadas. Entretanto, ele entrou como o paraquedista audaz, toureando as feras, rebatendo com números, datas e nomes, algo tão surpreendente que somente foi contestado depois que ele juntou seus papéis e foi embora.
Enxurrada de acusações
Então veio a enxurrada das acusações de mentiroso que deram base à sua reconvocação. A volta do general é uma faca de dois gumes, especialmente para adversários regionais que estão ali cuspindo fogo, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o senador emedebista Eduardo Braga. Os dois ficaram muito temerosos, pois viram surgir, justamente dentro da armadilha que armaram, um perigoso adversário nas urnas em 2022.
O candidato no palanque
A participação de Pazuello na passeata do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, indica claramente que ali não mais estava o general da ativa, mas o candidato, nome forte para substituir o alquebrado governador Wilson Lima (PSC-AM), com poucas chances de reeleição. Sem abusar do jargão militar, pode-se dizer que, neste caso, o tiro saiu pela culatra.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO