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Repórter Brasília

- Publicada em 16 de Maio de 2021 às 20:57

Terremoto em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro e o filho Flávio trocaram farpas com o senador Renan Calheiros

O presidente Jair Bolsonaro e o filho Flávio trocaram farpas com o senador Renan Calheiros


/MARCOS CORRÊA/PR/JC
Bala na agulha. Esta semana vai ser o epicentro do grande terremoto em Brasília, com o enfrentamento aberto entre o presidente Jair Bolsonaro e seu filho senador Flávio (Republicanos-RJ) contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e seu filho Renanzinho (governador de Alagoas). O pugilato teve sua primeira refrega na tarde de quarta-feira, com ataques frontais do senador carioca contra o relator da CPI, logo complementado pelo próprio presidente, no dia seguinte, que foi à toca da raposa cutucar a onça no seu covil. Está saindo chispa.
Bala na agulha. Esta semana vai ser o epicentro do grande terremoto em Brasília, com o enfrentamento aberto entre o presidente Jair Bolsonaro e seu filho senador Flávio (Republicanos-RJ) contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e seu filho Renanzinho (governador de Alagoas). O pugilato teve sua primeira refrega na tarde de quarta-feira, com ataques frontais do senador carioca contra o relator da CPI, logo complementado pelo próprio presidente, no dia seguinte, que foi à toca da raposa cutucar a onça no seu covil. Está saindo chispa.
Império contra ataca
Politicamente, o senador alagoano estava procurando recuperar seu espaço no cenário político, perdido quando foi derrotado por Bolsonaro na sucessão da Mesa Diretora do Senado. Como se recorda, Renan perdeu e eleição para presidente do Senado para o senador David Alcolumbre, (DEM-AC), então apoiado pelo Palácio do Planalto. Desde então, submergiu, voltando à tona como relator da CPI, procurando descontar a fatura. A família Bolsonaro parece não ter aceitado, contra-atacando num nível pouco usual na Câmara Alta, obtendo uma resposta nos mesmos termos, o que indica que esse duelo não vai terminar neste bate-boca.
Duelo entre senadores
É bom lembrar que senadores alagoanos não costumam levar desaforo para casa: não esquecer até que ponto pode chegar uma desavença dessa natureza, no plenário do Senado, envolvendo parlamentar alagoano. Basta lembrar o duelo entre os senadores Arnon de Melo (PDC-AL) com seu colega Silvestre Péricles Góis Monteiro (PTB-AL), em 4 de dezembro de 1963. Começou tal qual o "vem-pra-briga" da CPI, com xingamentos de "Canalha! Crápula! E Cafajeste!" (semana passada foi "vagabundo" para lá; "ladrão" para cá). Acabou com tiroteio na tribuna: Arnon (pai do ex-presidente e atual senador Fernando Collor (Pros-AL) disparou seu revólver contra o desafeto, mas errou o alvo e matou o senador José Kairala (PTB-AC). Isso que, na época, o senador Arnon dizia que estava treinando tiro ao alvo, tal qual o senador Flávio nos estandes de Florianópolis. Tempo quente.
Crime de responsabilidade?
Incompetência é crime de responsabilidade? Esta é a grande pergunta que terá de ser respondida essa semana pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, no "pau-de-arara" da CPI da Covid. Se assim for, muda-se o conceito e se retira do eleitor a prerrogativa de punir os maus governos negando-lhes o voto, como era o modelo das democracias. Entretanto, no frigir dos ovos dos depoimentos, o que se viu até o momento, no Senado, é acusar o presidente da República de crime contra a humanidade (não há vítima singular apontada) por não ter comprado vacinas a tempo de impedir um número ainda não calculado de mortes, que teriam sido evitadas pelo imunizante. Quem vai atestar a letalidade da incompetência administrativa para enquadrar o presidente e seus ministros nos artigos (quais?) do Código Penal? Desafio aos juristas.
Dança das cadeiras
Dança das cadeiras no Rio Grande: decidido a não concorrer ao Palácio Piratini, o ex-governador José Ivo Sartori, nome forte do MDB, está sendo seduzido pelo senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP) a concorrer ao Senado. Heinze, sim, busca o Piratini. Com isso, a candidata natural do PP, Ana Amélia, seria candidata à Câmara dos Deputados. E, nessa articulação, o deputado Alceu Moreira (MDB), pré-candidato assumido ao governo gaúcho, teria dificuldade em emplacar sua candidatura.
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