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Repórter Brasília

- Publicada em 06 de Abril de 2021 às 03:00

Testando os limites das instituições

Alceu Moreira opina que presidente Bolsonaro deve buscar conciliação

Alceu Moreira opina que presidente Bolsonaro deve buscar conciliação


LUIZA PRADO/JC
As mudanças de comando do Ministério da Defesa, do Exército, Marinha e Aeronáutica ainda devem render debates esta semana no Congresso Nacional. Com visões polêmicas, oposição e governo têm destacado ameaças à democracia com debates acalorados. A intenção de instalar uma CPI para levar o presidente Jair Bolsonaro a se explicar sobre decisões tomadas na saúde e em outras áreas continua presente no Parlamento. Os governistas classificam de "desespero e delírio" as manifestações dos partidos de esquerda. A oposição continua falando em risco de golpe. Jair Bolsonaro testa repetidamente os limites das instituições, afirma a historiadora Heloísa Starling, "e, a cada vez que isso ocorre, elas se desgastam e se fragilizam".
As mudanças de comando do Ministério da Defesa, do Exército, Marinha e Aeronáutica ainda devem render debates esta semana no Congresso Nacional. Com visões polêmicas, oposição e governo têm destacado ameaças à democracia com debates acalorados. A intenção de instalar uma CPI para levar o presidente Jair Bolsonaro a se explicar sobre decisões tomadas na saúde e em outras áreas continua presente no Parlamento. Os governistas classificam de "desespero e delírio" as manifestações dos partidos de esquerda. A oposição continua falando em risco de golpe. Jair Bolsonaro testa repetidamente os limites das instituições, afirma a historiadora Heloísa Starling, "e, a cada vez que isso ocorre, elas se desgastam e se fragilizam".

Presidência age com represália

O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB, foto) afirmou que, "como partidário, reafirma com muita força todos os princípios de preservação da democracia do Brasil. Agora com a atitude do governo, a meu juízo, a presidência da República age em represália com quem não cumpre as determinações. Não percebe que o Exército e as Forças Armadas são instituições de Estado para manter a democracia".

Tudo tem a ver com eleição

Para o parlamentar, "tudo tem a ver com eleição. Só que normalmente, os governos, de modo geral, se assessoram por um conjunto de pessoas de confiança da presidência para poder fazer com que as atitudes, mesmo aquelas mais drásticas, possam ter uma apuração e um aconselhamento". Segundo Alceu Moreira, "talvez seja isso que falte ao presidente Bolsonaro. Ter um grupo de pessoas que ele concilie, de pessoas, além da sua família, um grupo de pessoas que possa dar uma opinião que supra as suas expectativas. E que ele não tome providência imediatamente sem antes ouvir. Tem que ter uma equipe que funcione como um amortecedor do processo".

Reforma é pontual

Vice-líder do maior bloco partidário da Câmara, o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PSL) defende o governo Bolsonaro e vê "desespero" nas manifestações da oposição. Para o parlamentar, "as mudanças nas Forças Armadas foram uma reforma pontual, que é normal em qualquer governo, não tem problema nenhum. Vejo com total normalidade. O governo Bolsonaro sempre esteve pautando as suas atitudes pela Constituição Federal, e eu sou um que defendo a Constituição sempre, nada fora da Constituição. A função do Exército é, de fato, função de Estado". Para Bibo Nunes, "as decisões do presidente só vão melhorar; a equipe está mais afinada agora".

Flertando com atos antidemocráticos

De acordo com o deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos (PDT), "atualmente o presidente da República flerta com atos antidemocráticos e com a ditadura". O pedetista defende que "as instituições sejam preservadas e que os valores democráticos sejam mantidos''.

Pandemia e matérias de consenso

Para o deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT), "por algumas semanas, a Câmara vai tratar apenas da pandemia e de matérias que tiverem consenso. Portanto, as pautas como as reformas tributária, administrativa e federativa ficam mais uma vez postergadas". O comportamento do governo e do presidente, avalia Motta, "não permite que o Congresso aprecie os temas de organização e estruturação do País". O parlamentar alerta que a crise fiscal e econômica se aprofunda aceleradamente.
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