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Repórter Brasília

- Publicada em 16 de Março de 2021 às 03:00

Queiroga aceitou desafio

"Não adianta só trocar o ministro, o governo tem que trocar de atitude", critica Mandetta

"Não adianta só trocar o ministro, o governo tem que trocar de atitude", critica Mandetta


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
A semana começou com a expectativa por mais uma troca no Ministério da Saúde, o quarto, no governo Jair Bolsonaro. Pressionado pelo Centrão, o presidente da República decidiu trocar o ministro da Saúde, que vinha sendo fritado já há algum tempo. O cardiologista Marcelo Queiroga aceitou.
A semana começou com a expectativa por mais uma troca no Ministério da Saúde, o quarto, no governo Jair Bolsonaro. Pressionado pelo Centrão, o presidente da República decidiu trocar o ministro da Saúde, que vinha sendo fritado já há algum tempo. O cardiologista Marcelo Queiroga aceitou.
Missão nada fácil
O governo foi garimpar um médico que topasse assumir a difícil e espinhosa missão de comandar a Saúde, em meio à pandemia e que se submeta ao comando e interferência do presidente Jair Bolsonaro. Uma missão nada fácil. "Não adianta só trocar o ministro, o governo tem que trocar de atitude", diz Mandetta. Vai ser difícil.
Ruim até para o Exército
Na avaliação do médico e ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, "a política ditada pelo presidente da República é ruim até para o Exército brasileiro, que é uma instituição brilhante, e que não precisava ter sido colocada ali, com um militar da ativa que passou uma ideia de subserviência, uma lógica, não saúde, uma lógica não ciência. Por isso essa lógica deu no que deu. Nós estamos vivendo agora todo tipo de crise", argumenta Mandetta.
Placa de emprego
O médico Luiz Mandetta, falou que tem uma placa de emprego lá que diz: "procura-se médico, que obrigatoriamente negue a ciência, e que será execrado no final, com a garantia do apoio do Centrão para assumir o Ministério da Saúde. Esse é no momento o que a gente tem na placa de anúncios de empregos no mercado."
Medidas restritivas
Questionado sobre as medidas restritivas de verdade, no Jornal da CBN, Mandetta disse que "a pandemia no Brasil está politizada pelo Governo, principalmente na figura do presidente Jair Bolsonaro". Segundo o ex-ministro da Saúde, "se o presidente fizesse uma "mea culpa", e falasse a todos que devem usar máscara, todos devem lavar as mãos, usar álcool gel, a começar por mim, vou manter distanciamento de três metros, a situação seria diferente."
Culpa dos governadores e prefeitos
"O presidente joga a culpa, primeiro no Congresso, depois ele joga a culpa no Supremo, depois ele joga a culpa nos ex-ministros, agora ele joga a culpa nos prefeitos e governadores", frisa Luiz Henrique Mandetta.
Falta liderança
Na visão do ex-ministro, "a Organização Mundial da Saúde não consegue ter essa liderança, e os países não conseguem fazer uma reunião de líderes para dizer: vamos pagar todos os royalties, mas vamos produzir porque se não solucionarmos o problema para todo mundo, a coisa não vai."
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