O deputado federal Afonso Motta (PDT) é o único parlamentar da bancada gaúcha, de 31 deputados, que é presidente de uma comissão na Câmara dos Deputados nesta nova administração do Parlamento, sob o comando do deputado Arthur Lira (PP-AL). Afonso Motta preside a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público. Uma área importante e sensível, principalmente quando o País convive com um desemprego assustador. Um contingente de cerca de 14 milhões de desempregados.
Busca de caminhos
O desafio, afirmou Afonso Motta (foto) ao Repórter Brasília, "além de político, em meio a uma pandemia e um desemprego muito grande, é a gente buscar caminhos que possam contribuir para amenizar a difícil situação do desemprego, além do que foi revelado na discussão do auxílio emergencial, em que identificamos 40 milhões de pessoas na informalidade. Um contingente muito alto de pessoas com necessidades. Vamos tentar buscar caminhos para apresentar soluções, para amenizar a triste realidade das pessoas com necessidades extremas."
Funcionalismo público
"Outro ponto que exige algum tipo de iniciativa da Comissão de Trabalho é a situação do funcionalismo, motivo de grandes discussões, agora, durante a votação do auxílio emergencial. Vamos tentar intensificar os debates sobre o assunto para apresentar algum tipo de sugestão que possa contribuir para amenizar a situação." Enfim, acentua o congressista, "é botar a funcionar a comissão que ficou parada bastante tempo, e abrir espaço para o bom debate em cima da pandemia, desemprego e os assuntos que estão na pauta do Congresso", acrescenta o parlamentar.
Auxílio Emergencial
No projeto do auxílio emergencial, quanto aos valores, avalia Afonso Motta, "é um projeto de execução, pois o que tem na proposta aprovada é uma estimativa do montante total. Tem uma estimativa num valor em torno de R$ 170,00 e R$ 375,00. O meio termo é R$ 250,00, em torno de quatro meses. É estabelecer o valor, definir regras de distribuição a estados e municípios, e tocar para frente". Na opinião do pedetista, "em todo aquele processo, até chegar na hora do pagamento, o governo terá muito trabalho para regular após a aprovação. Terá um prazo para o efetivo pagamento, que deverá ir até o final do ano."
Diálogo com as categorias
Em seu segundo mandato, Motta afirma que os trabalhos na comissão serão pautados pelo diálogo com as mais diversas categorias de trabalhadores, servidores públicos e setor produtivo. "Esse será um grande desafio, principalmente em função da pandemia e da grave crise que o País vive."