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Repórter Brasília

- Publicada em 10 de Março de 2021 às 03:00

Mercosul, avanço em 30 anos

Estudo mostra que se Mercosul hoje fosse um único país, surgiria como a 9ª maior economia do planeta

Estudo mostra que se Mercosul hoje fosse um único país, surgiria como a 9ª maior economia do planeta


PEDRO FRAN/AGÊNCIA SENADO/JC
Há 30 anos, no mês de março, a criação do Mercosul pôs fim às tensões históricas entre Brasil e Argentina. Os presidentes do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, reunidos em Assunção, assinaram o documento de criação do bloco regional. Um levantamento feito pela Agência Senado mostra que se o Mercosul hoje fosse um único país, surgiria como a 9ª maior economia do planeta. Sozinho, o Brasil é a 12ª economia mundial, pelas estatísticas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Há 30 anos, no mês de março, a criação do Mercosul pôs fim às tensões históricas entre Brasil e Argentina. Os presidentes do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, reunidos em Assunção, assinaram o documento de criação do bloco regional. Um levantamento feito pela Agência Senado mostra que se o Mercosul hoje fosse um único país, surgiria como a 9ª maior economia do planeta. Sozinho, o Brasil é a 12ª economia mundial, pelas estatísticas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Mal aproveitado

Para o deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB), "se há 30 anos era importante, e os países despertaram para essa organização, hoje, minha percepção é que o Mercosul está um tanto mal aproveitado, subaproveitado". No entendimento do congressista, "o Mercosul é um fórum que poderia ter mais produtividade, mais eficiência, debates mais próximos de assuntos que dizem respeito à nossa realidade."

Vacinação em bloco

Schuch dá um exemplo: "O Uruguai vacinou num dia o que o Rio Grande do Sul vacinou em dois meses. Por quê? Porque tinha vacina. Porque no âmbito do Mercosul não se pode fazer um bloco para se conseguir comprar vacinas e distribuir para os países." Na avaliação do parlamentar, "certamente porque ninguém tomou essa iniciativa. Vejo que outros assuntos na área de legislação trabalhista nós continuamos tendo problemas."

Sem poder de Lei

Mais uma vez, Heitor Schuch citou a difícil situação dos trabalhadores que atuam nos países que integram o bloco. Ele explica. "Trabalhadores brasileiros que vão, em especial, para a agricultura, trabalhar no arroz, na Argentina, ficam lá dois, três, cinco anos, quando voltam aqui, não têm nenhum amparo previdenciário. A contribuição de lá, ela é de lá. E aqui fica em aberto, fica esta lacuna, esse buraco, esse vazio. Acho que o Mercosul precisa ter mais fóruns, ter mais debates com a participação dos executivos." Segundo Schuch, "os deputados, o Parlamento, o Parlasul, os senadores, podem propor várias alternativas, mas não têm poder de lei. É de aconselhamento, situações do tipo, conselho consultivo. É para ser consultado e não para deliberar."

Eleição específica

Na opinião do parlamentar, "eles se dedicam ao bloco, nós brasileiros estamos um pouco atrasados com relação a esse cenário. Prova é que os argentinos e paraguaios já fazem eleição específica para deputados do Parlasul. No Brasil, os parlamentares são designados para a tarefa que se acumulam com o trabalho do dia a dia no Parlamento brasileiro. Esse é um dos motivos por que nós brasileiros somos os que apresentamos menores demandas dentro do Parlasul. Os temas de maior debate, de discussão na área econômica, de infraestrutura, energia elétrica, normalmente, são encaminhados pelos deputados e senadores dos outros países. Enfim, em 30 anos não foi feito muito para fortalecer as relações comerciais de grupo no Mercosul", concluiu Schuch.
 
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