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Repórter Brasília

- Publicada em 07 de Março de 2021 às 21:09

Nova estrela no firmamento

Luiza Trajano, fundadora e dona da rede varejista Magazine Luiza, surge como opção apolítica para ocupar o espaço eleitoral

Luiza Trajano, fundadora e dona da rede varejista Magazine Luiza, surge como opção apolítica para ocupar o espaço eleitoral


Nathalie Bohm/TV CULTURA/DIVULGAÇÃO/JC
Uma nova estrela no firmamento. Desta feita uma figura extraída do meio empresarial: Luiza Trajano, fundadora e dona da rede varejista Magazine Luiza, que surge como opção apolítica para ocupar o espaço eleitoral que, rapidamente, o presidente Jair Bolsonaro vai desocupando. A verdade é que o chamado mundo político não tem nada a oferecer para ocupar o lugar do capitão, fazendo com que as oportunidades se abram para "outsiders".
Uma nova estrela no firmamento. Desta feita uma figura extraída do meio empresarial: Luiza Trajano, fundadora e dona da rede varejista Magazine Luiza, que surge como opção apolítica para ocupar o espaço eleitoral que, rapidamente, o presidente Jair Bolsonaro vai desocupando. A verdade é que o chamado mundo político não tem nada a oferecer para ocupar o lugar do capitão, fazendo com que as oportunidades se abram para "outsiders".
Mulher de negócios
Dona Luiza Trajano é o nome que surge, turbinada pela imagem de sucesso no mundo dos negócios, agregando-se o fato de ser mulher e, se fosse norte-americana, devido à sua condição de raça "brasileira", talvez fosse identificada como "negra", que é a classificação étnica de miscigenados naquela sociedade. No Brasil, ela é "branca", mas isso aqui não atrapalha.
Poucos empresários
Em nosso País, há poucos empresários com sucesso nas disputas políticas. As carreiras político-eleitorais dessas figuras de sucesso profissional na vida empresarial têm se revelado efêmeras. Bem aceitas pelo eleitorado, nos primeiros momentos, logo perdem o ímpeto, como se viu em inúmeras experiências e tentativas levadas a efeito para cargos públicos. A objetividade e segurança no discurso, a credibilidade decorrente do êxito de suas empresas atraem respeito e admiração nesses momentos vazios.
Unanimidade e desgaste
Um dos exemplos mais marcantes foi a candidatura do megaempresário Antônio Ermírio de Moraes, em São Paulo, em 1986. Unanimidade em todos os segmentos, quando entrou na disputa pelos votos foi, pouco a pouco, desgastando-se, sendo derrubado aqui e ali, até perder a eleição para um político tradicional, no caso o ex-governador Orestes Quércia.
Empresários personalistas
Este é o perigo. Disciplinadores, exigentes, seguros de suas opiniões e certos de seu comando, os empresários são personalistas inadequadas no mundo das flexibilidades da política. Desiludido, incompreendido, Antônio Ermírio, uma personalidade marcante na vida do País naquele momento, afastou-se da vida pública amargurado.
Companheira dos sonhos
Luiza Trajano vive o momento em que ainda não teve que se enfrentar com essas idiossincrasias. Até agora, ela era a companheira dos sonhos para dar credibilidade e amplitude às chapas colocadas no mercado. Fernando Haddad, do PT, e Jair Bolsonaro, da ultradireita, manifestaram que gostariam de tê-la como vice-presidente. Para a esquerda, seria um José Alencar de saias, lembrando do vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deu responsabilidade e amplitude à candidatura do metalúrgico paulista (nascido em Pernambuco).
A força de São Paulo
Mal emergiu com afagos da esquerda à direita, Luiza Trajano saltou de vice-presidente para cabeça de chapa. Com tantas credenciais, seria o nome ideal para uma eleição sem bons nomes, pensam os políticos. A experiência com Jair Bolsonaro teria se revelado muito desastrosa. A empresária, mesmo que não tenha o jogo de cintura de um político calejado, pelo menos não desatinaria, caso tenha de enfrentar uma situação extrema, como é o caso destes dias, com o País e o mundo abalados por uma pandemia, o que não ocorria há 100 anos. Além de tudo isto, uma outra vantagem relativa: Luiza é paulista.
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