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Repórter Brasília

- Publicada em 03 de Março de 2021 às 21:33

Pior década em 120 anos

Apesar da crise econômica, Alceu Moreira afirma que o "agronegócio continua produzindo seus resultados com aumento de produtividade"

Apesar da crise econômica, Alceu Moreira afirma que o "agronegócio continua produzindo seus resultados com aumento de produtividade"


/LUIZA PRADO/JC
A economia encolheu 4,1%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. A maior queda desde 1990, quando houve o confisco do presidente Fernando Collor de Mello. A pandemia derrubou o Produto Interno Brasileiro (PIB) em 2020, levando o País a enfrentar a mais profunda recessão em décadas. O resultado de 2020 também leva o País a um desastre econômico, mais grave que o vivenciado na década de 1980, a chamada década perdida, quando estagnação e hiperinflação faziam parte do cotidiano dos brasileiros, atestam especialistas.
A economia encolheu 4,1%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. A maior queda desde 1990, quando houve o confisco do presidente Fernando Collor de Mello. A pandemia derrubou o Produto Interno Brasileiro (PIB) em 2020, levando o País a enfrentar a mais profunda recessão em décadas. O resultado de 2020 também leva o País a um desastre econômico, mais grave que o vivenciado na década de 1980, a chamada década perdida, quando estagnação e hiperinflação faziam parte do cotidiano dos brasileiros, atestam especialistas.

Agronegócio continua bem

Já o agronegócio continua bem. O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB) afirmou que "o agronegócio continua produzindo seus resultados com aumento de produtividade, qualidade de produção, mercado disponível e manejo". O parlamentar argumenta que, em 2021, a produção será muito maior que a anterior. "Talvez tenhamos problemas com a avicultura e suinocultura, por causa do preço do milho", avalia. Alceu Moreira cobra: "Essa é uma questão que o governo tem que agir no mercado de contingência para acertar a regulação disso". O congressista admite que o agronegócio tem problemas pontuais. "Mas, de um modo geral, vamos ter uma grande safra."

Vai ter recessão

"O País, na verdade, vai ter recessão, porque o que deveria ser feito para não se romper a economia não foi feito." E elenca: "A lei do gás não foi aprovada. Foi aprovada nesta terça-feira, a legislação ambiental que colocaria no mercado em torno de R$ 160 bilhões. Não foi aprovada, até hoje, sequer foi votada, continua lá ainda, a reforma tributária, e isso acaba correndo com as pessoas dos mercados. Se programou para um sistema tributário facilitado e está nesta encrenca até agora, e nem se fala mais nisso. A reforma administrativa volta este ano, também não foi aprovada. É um conjunto de coisas. As Parcerias Público-Privadas não foram aprovadas pelo Senado", pontua o deputado.

Aumento de preços

Perguntado sobre os preços que a cada dia aumentam mais, Alceu Moreira respondeu: "Não podemos ignorar a lei de oferta e procura". Citou como exemplo, o mercado do aço. "As empresas de aço, que são poucas, dizem o seguinte: 'Se nós produzirmos a pleno, vamos vender por tal preço; se deixarmos faltar um pouco no mercado, o preço vai dobrar, triplicar'". Hoje, frisa Alceu Moreira, "grande parte do aumento de preços que temos é porque as empresas deixaram, propositadamente, faltar mercadoria no mercado, para depois poder botar o preço muito mais elevado. Não tem uma causa normal".

Valoração dos produtos

O congressista questiona: "Mesmo com a pandemia, as empresas de aço continuam funcionando normalmente. Resta saber, o que, realmente, na cadeia produtiva parou seu funcionamento em virtude da pandemia. Precisa dar uma olhada nisso. Grande parte delas continuam funcionando, e o que houve foi uma valorização dos seus produtos muito acima da média".

Construção civil

"Na construção civil, os preços subiram, quase dobraram." Segundo o parlamentar, "o governo precisa perceber isso. Para essas cadeias produtivas cujo preço está aumentando rapidamente, o que tem que ser feito? Tem que tirar qualquer tipo de tributo na exportação e abrir mercado para importação", concluiu.
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