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Repórter Brasília

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2021 às 03:00

Relações Exteriores

O governo Bolsonaro tem ignorado os princípios que orientam a atuação do Itamaraty há dois séculos, dizem especialistas. O presidente afirmou que pretende trocar cerca de 15 representações diplomáticas do Brasil pelo mundo. "Ao longo de dois séculos, apesar de submetido à orientação da Presidência, o Itamaraty construiu linhas para a política externa que se converteram em política de Estado, transcendendo a alternância entre governos", avaliou o professor Juliano da Silva Cortinhas, professor de Relações Internacionais da UNB.
O governo Bolsonaro tem ignorado os princípios que orientam a atuação do Itamaraty há dois séculos, dizem especialistas. O presidente afirmou que pretende trocar cerca de 15 representações diplomáticas do Brasil pelo mundo. "Ao longo de dois séculos, apesar de submetido à orientação da Presidência, o Itamaraty construiu linhas para a política externa que se converteram em política de Estado, transcendendo a alternância entre governos", avaliou o professor Juliano da Silva Cortinhas, professor de Relações Internacionais da UNB.
Mercado externo
Ao longo dos séculos de existência, o Itamaraty, conseguiu dar uma continuidade em nossa política externa. Ele era visto pelos analistas como o ministério brasileiro que tem mais coerência ao longo da história. O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem relações diplomáticas com quase toda a comunidade internacional, sempre teve uma voz respeitada em todos os continentes. "Para que isso não desapareça, é hora de trocar, neste governo, a tomada de decisões ideológicas por ações de negócios com todos os países, não importa sua religião ou política. Temos que buscar negócios para que tenhamos mercado externo para nossos produtos", defende o deputado gaúcho Heitor Schuch (PSB).
Mudanças em área sensível
Jair Bolsonaro começa a mexer no governo. Um dos alvos mais difícil para ele é o comando do Itamaraty, onde está o chanceler Ernesto Araújo, alinhado com a ala ideológica. Araújo é amigo dos filhos de Bolsonaro e de seu guru internacional, Olavo de Carvalho.
Nomes para a diplomacia
Nesta nova fase de mexida no governo, observadores mais próximos acreditam que haverá a troca do ministro das Relações Exteriores. Entre os nomes citados em Brasília para substituí-lo, estão o do ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (foto), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, hoje bastante alinhado com Jair Bolsonaro. Sobre isso, disse que ninguém falou com ele a esse respeito. Outro nome citado, principalmente, pela área empresarial, é o do ex-presidente da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, ex-embaixador do Brasil em Washington, e especialista em negociações internacionais, com fluência em várias línguas. Também a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, é lembrada por empresários. Ela poderia impulsionar o mercado para venda de nossos produtos no exterior, segundo esses representantes do grande PIB. O almirante Flavio Augusto Rocha, hoje, na Secretaria da Presidência da República, teve um crescimento meteórico no Palácio do Planalto, é outro nome cotado "pelo equilíbrio e bom senso na política externa." Esses nomes poderiam fazer com que o Brasil estivesse mais presente nos negócios internacionais, e não só marcar presença na discussão de ideologias pelo mundo.
Receita digital
Projeto em tramitação na Câmara cria a receita médica digital. A autora da proposta é a deputada Alê Silva (PSL-MG). Ela pretende facilitar a vida de quem precisa obter ou renovar a receita médica. A parlamentar explica que muitos processos administrativos no serviço público, por exemplo, estão migrando para plataformas digitais, como é o caso da declaração do Imposto de Renda. Na avaliação da deputada mineira, "não haveria por que manter a burocracia de emitir receitas médicas em papel. Procedimento que, segundo a deputada, é passível de fraude".
 
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