Começa a faltar vacinas em todo o País. Alerta é do presidente da Comissão Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Eduardo Lula. "O negacionismo e a irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro empurraram o Brasil para essa situação em que muito provavelmente nós vamos ser o país, entre os mais atrasados do mundo, em relação ao ritmo de vacinação," acentua com indignação, o deputado federal gaúcho Henrique Fontana (PT), que é médico.
Perigo da reinfecção
Carlos Eduardo Lula alerta que a nova cepa do coronavírus agrava a situação. "A variante pode atingir o Brasil inteiro." Disse que a nova cepa aparenta ser mais transmissível. Citou os casos de reinfecção, lembrando que "se isso acontecer, a gente pode ter o pior cenário possível se desenhando".
Capacidade do SUS
Já o deputado Henrique Fontana lembra que o Brasil tem infraestrutura. "Um SUS (Sistema Único de Saúde) com uma enorme capacidade, pelo seu acúmulo histórico." O parlamentar destaca que "o SUS, havendo vacinas, conseguiria vacinar o povo brasileiro com muita rapidez. Em 60 ou 90 dias, poderíamos ter toda a população vacinada". O fato, conclui Fontana, "é que nós vamos demorar meses com enormes prejuízos de perdas de vidas e prejuízos econômicos por conta dessa irresponsabilidade".
Atualização eleitoral
O Código Eleitoral Brasileiro atual é de 1965, e não existe hoje uma lei específica sobre o processo eleitoral. Buscando mudar essa realidade, foi criado, na Câmara dos Deputados, um grupo de trabalho para propor alterações na legislação. A deputada federal gaúcha Liziane Bayer (PSB) vai integrar o grupo. Entre os temas que serão discutidos pela comissão, estão: voto impresso, crimes eleitorais e inelegibilidade. O objetivo é que as mudanças passem a valer já nas eleições de 2022.
Mais segurança
"Vamos contribuir com criatividade, inovação, mas com responsabilidade para que o resultado seja verdadeiramente benéfico e profícuo para o sistema", afirmou a deputada. A parlamentar espera que "os avanços estimulem candidaturas genuínas para que os eleitos possam chegar a cargos eletivos fortalecidos no seu eleitorado e com representatividade". Ela acentuou que a unificação das regras trará mais segurança ao processo.
Força no Congresso
Mesmo abaixo de mau tempo, o presidente Bolsonaro desfruta de um bom suporte no Parlamento. A maioria da bancada do DEM, somada a outras legendas do Centrão, é simpática às pautas do governo e não descarta apoiar o presidente da República, Jair Bolsonaro, na disputa pela reeleição em 2022. Agora, com o caminho pavimentado pelo novo aliado, Arthur Lira (PP), a tendência, dizem jornalistas, é o presidente da República transitar com maior tranquilidade no Legislativo. Melhor ainda será após a anunciada reforma ministerial, que atenderá o apetite de poder do robusto grupo de apoio no Congresso.