Às vésperas de definições importantes, após a sacudida que o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), vem promovendo no Parlamento, em Brasília, projetos importantes para o País, como reforma tributária, reforma administrativa, reforma ministerial, continuação do auxílio emergencial, plano de imunização e ajustes que as comissões importantes da Câmara receberam, e com o governo não atrapalhando, estão tendo maior velocidade.
Quase parando
Como sempre acontece, em fevereiro, com a desculpa das festas de Momo, para ganhar tempo e preparar seu poder de fogo para entrar em campo atirando, a partir de março, as coisas meio que param em Brasília. Já nesta semana, qualquer pergunta sobre o ritmo das decisões, a resposta é sempre a mesma em Brasília: "só depois do Carnaval". É a resposta pronta.
Pauta prioritária
Para o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB), as pautas prioritárias continuarão as mesmas. "Reformas, auxílio emergencial, plano de imunização, entre outras. Acho que vai ficar tudo para depois do Carnaval." Na opinião do parlamentar emedebista, "a reforma tributária deve sofrer alguma modificação, vão formar uma comissão mista. Fazer juntos, Câmara e Senado, facilita bastante, porque tem que criar consenso".
Votamos a favor
Outros temas que estão para serem decididos ainda neste primeiro semestre, argumenta Alceu Moreira, pois é intenção de Arthur Lira, "é dar velocidade às demandas do governo que estavam em ritmo lento e são prioridades, como, no nosso caso, o agro. São pautas coincidentes, e, por isso, votamos todos a favor. Inclusive a questão partidária também, o partido vota todo a favor".
Solução para o Brasil
Na avaliação de Alceu Moreira, "tem um conjunto de pautas que é solução para o Brasil, que queríamos votar e que o (ex-presidente da Câmara) Rodrigo Maia (DEM-RJ), orientado pelos partidos de esquerda, fazia o exercício da ditadura de minoria. Nunca botava em pauta". Para ele, "vai voltar a sintonia com o governo desde o primeiro período. Isso é ótimo. Temos que saber o que vai acontecer agora, quando será a contrapartida quanto à reforma ministerial que pode ter riscos políticos, mas não se sabe quando, como e com quem vai acontecer".
Onyx definindo rumos
O presidente Jair Bolsonaro confirmou que vai mudar o gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM), ministro da Cidadania, para o comando da Secretaria-Geral da Presidência da República, pasta com status de ministério e abrigada dentro do Palácio do Planalto. Será mais um retorno ao trabalho que ele já desenvolveu e, ao mesmo tempo, um esforço e um teste de visibilidade, para que ele fortaleça seu projeto de concorrer ao governo gaúcho. Sobre o nome que ocupará a vaga na Cidadania, também só depois do Carnaval. Mas, certamente, será do Centrão.