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Repórter Brasília

- Publicada em 02 de Fevereiro de 2021 às 21:10

Entre o discurso e a caneta

Alessandro Molon (PSB), líder da oposição na Câmara dos Deputados, reunião do diretório estadual do PSB.

Alessandro Molon (PSB), líder da oposição na Câmara dos Deputados, reunião do diretório estadual do PSB.


/NÍCOLAS CHIDEM/arquivo/JC
Minutos após assumir a cadeira e fazer um discurso de conciliação, como primeiro ato, o novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), usou o poder da caneta para anular um ato de seu antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), numa tentativa de esvaziar o poder do grupo de seu adversário, Baleia Rossi (MDB-SP). Com isso, o grupo fica fora da disputa por cargos na Câmara. No bloco de Baleia, estavam, além do PT, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. Ao todo, estas siglas reúnem 211 deputados federais. Depois da repercussão, o grupo de Lira tentava um acordo com o de Baleia. A semana será quente no Parlamento.
Minutos após assumir a cadeira e fazer um discurso de conciliação, como primeiro ato, o novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), usou o poder da caneta para anular um ato de seu antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), numa tentativa de esvaziar o poder do grupo de seu adversário, Baleia Rossi (MDB-SP). Com isso, o grupo fica fora da disputa por cargos na Câmara. No bloco de Baleia, estavam, além do PT, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. Ao todo, estas siglas reúnem 211 deputados federais. Depois da repercussão, o grupo de Lira tentava um acordo com o de Baleia. A semana será quente no Parlamento.
Supremo ou conciliação
Partidos de oposição recorreram ao STF, pois consideram que "foi um ato autoritário, antiregimental e ilegal do deputado Arthur Lira. Se continuar nesse caminho, comprometerá a governabilidade da Casa. É inaceitável", afirmou o líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (foto), do Rio de Janeiro. "Estão tirando à força os parlamentares que não fazem parte do grupo de Lira. O clima hoje é péssimo. Querem esmagar quem pensa diferente. É a volta do arbítrio, da força bruta." Enquanto isso foi costurado um acordo, na tarde de ontem, para buscar uma reconciliação. O deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT) foi peça-chave na costura para apaziguar os ânimos mais exaltados.
Ato autoritário
Para o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), "foi um ato autoritário. E uma eleição que foi acordada pelo colégio de líderes", frisou. Quem conhece Arthur Lira, diz que o parlamentar do Progressistas "não perdoa". Depois de um discurso conciliador, o presidente da Câmara, com a força do Centrão ao seu lado, vai para o confronto com os adversários. "Um rolo compressor tornando sem efeito os acordos feitos", avaliam especialistas. O novo comandante da Câmara, deu o recado logo. Vai para o enfrentamento. Para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o discurso de harmonia do novo presidente da Câmara durou 10 minutos. A deputada Perpétua Almeida (PCdoB) disse que "começou o estilo Bolsonaro". Na verdade, o gesto de Arthur Lira, surpreendeu a classe política. Foi dada cedo a arrancada para a disputa de 2022.
Agiu corretamente
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), começa a semana com muitos desafios na busca de acordos para conciliar o tumultuado início do novo comando. Ele considera que Lira agiu corretamente ao dissolver o bloco de Baleia Rossi (MDB) para a disputa dos cargos da Mesa.
Prioridades trocadas
Para o deputado gaúcho Heitor Schuch (PSB), "as prioridades do governo estão trocadas, e ele pretende, por meio de emendas, propor modificações para que a área social seja mais atendida". Segundo o congressista, "o governo privilegiou a dívida pública, consequentemente, os grandes bancos, e o Ministério das Comunicações."
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