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Repórter Brasília

- Publicada em 15 de Janeiro de 2021 às 03:00

STF de olho no Congresso

"A judicialização da política é um problema que cresceu muito", avalia Lasier Martins

"A judicialização da política é um problema que cresceu muito", avalia Lasier Martins


MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO/JC
Em meio à judicialização da política cada vez mais frequente no Brasil, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acompanham de perto as eleições para a presidência da Câmara e do Senado. O clima é de expectativa para saber quem comandará o Parlamento nos próximos dois anos, antes do pleito geral de 2022.
Em meio à judicialização da política cada vez mais frequente no Brasil, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acompanham de perto as eleições para a presidência da Câmara e do Senado. O clima é de expectativa para saber quem comandará o Parlamento nos próximos dois anos, antes do pleito geral de 2022.

Judicialização da política

Na visão do senador gaúcho Lasier Martins (Podemos, foto), "a judicialização da política é um problema que cresceu muito, e tende, agora, a se cristalizar, porque é evidente que, por tudo o que tem acontecido, o Supremo tem duas facções: tem um grupo que vota, de um modo geral, contra os brasileiros. É a turma formada por Gilmar Mendes, (Ricardo)Lewandowski, Dias Toffoli, o novo, Kássio Nunes Marques, e Alexandre de Moraes. E o outro grupo é (Luiz) Fux (presidente do Supremo), que quer recuperar os bons conceitos do Supremo".

Colidência de interesses

Na opinião de Lasier Martins, "essa turma do Gilmar Mendes está torcendo pelo candidato do Davi Alcolumbre, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O Alcolumbre está muito empenhado, andando pelo Brasil afora, para conquistar votos para Pacheco, que, nesse momento, parece estar com superioridade numérica para ganhar a eleição. É uma salada. É o candidato do Alcolumbre, do presidente Bolsonaro e do PT. Imagina! Quem é que ele vai atender se há colidência de interesses entre eles".

Podemos apoia Simone

Lasier Martins afirmou que o seu partido, o Podemos, se reuniu na quarta-feira e resolveu apoiar a candidatura de Simone Tebet (MDB-MS), mas os outros partidos estão divididos. Por exemplo, o PSDB tem sete senadores, e certo que votam nela são três. Quatro duvidosos, sendo que dois votarão no Pacheco. Argumenta o senador: "Fazendo a contabilidade, que nós estamos acompanhando, está difícil a Simone ganhar".

Apoio popular

O senador Lasier Martins destaca "que os apoiadores de Simone Tebet esperam contar com grande apoio popular, como houve aquela pressão no episódio da eleição Renan Calheiros (MDB-AL) versus Alcolumbre". Naquela oportunidade, destaca o senador, "a maioria dos eleitores brasileiros ligou para os seus senadores, pressionando muito, e deu a vitória ao Davi Alcolumbre. Nós esperamos que se repita aquele fenômeno vindo de fora para dentro, mudando votos com relação ao que existe hoje, provável eleição de Pacheco."

Supremo dividido

Lasier Martins conclui dizendo: "Por isso, quero dizer que tem um candidato que tem a preferência da metade do Supremo, e o outro grupo que é a favor da Simone. Veja a que ponto nós chegamos! Uma instituição que deveria ser isenta, equidistante, imparcial, hoje tem preferências políticas visíveis, notórias. Isso é ruim para o Brasil".
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