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Repórter Brasília

- Publicada em 21 de Dezembro de 2020 às 21:26

Confronto entre presidentes

Na opinião de Arnaldo Jardim, "o governo federal deveria se esforçar em buscar união para combater as desigualdades e promover o desenvolvimento"

Na opinião de Arnaldo Jardim, "o governo federal deveria se esforçar em buscar união para combater as desigualdades e promover o desenvolvimento"


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A julgar pelas declarações da última semana do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de Rodrigo Maia (DEM-RJ), os confrontos entre os dois presidentes, do Executivo e do Legislativo, vão além do Ano Novo. Os ataques de Bolsonaro chamando Rodrigo Maia de "covarde" e Maia, por sua vez, afirmando que Bolsonaro "é mentiroso", sobre o 13º do Bolsa Família e o auxílio emergencial, continuam repercutindo intensamente no Parlamento.
A julgar pelas declarações da última semana do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de Rodrigo Maia (DEM-RJ), os confrontos entre os dois presidentes, do Executivo e do Legislativo, vão além do Ano Novo. Os ataques de Bolsonaro chamando Rodrigo Maia de "covarde" e Maia, por sua vez, afirmando que Bolsonaro "é mentiroso", sobre o 13º do Bolsa Família e o auxílio emergencial, continuam repercutindo intensamente no Parlamento.

Deputados se posicionam

Congressistas de diversos estados e partidos vêm se manifestando sobre o episódio, que não auxilia, em nada, a busca de caminhos para amenizar as agruras enfrentadas pela população brasileira neste momento de pandemia, que se agrava a cada momento. O objetivo principal é proporcionar o fortalecimento dos candidatos de um e outro, à presidência da Câmara, em fevereiro.

Polarizar ambiente político

As palavras do presidente Bolsonaro "só serviram para polarizar o ambiente político", afirmou o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). Para o parlamentar paulista, "é comum representantes do Poder Executivo alfinetarem membros de outros Poderes da República". Na opinião de Arnaldo Jardim, "o governo federal deveria se esforçar em buscar união para combater as desigualdades e promover o desenvolvimento".

Irresponsabilidade fiscal

No entendimento do deputado federal gaúcho Marcel van Hattem (Novo), "prorrogar o auxílio emergencial seria uma irresponsabilidade fiscal". Segundo ele, "é oportuno que a Câmara cancele o recesso parlamentar para pensar outras maneiras de resguardar os mais vulneráveis".

Pedido do governo

Argumentando que Rodrigo Maia deixou de pautar a matéria, várias vezes, a pedido do governo, o deputado mineiro Rogério Correia (PT) se solidariza com o presidente da Câmara, apontado por Jair Bolsonaro como culpado por não pautar o 13º salário do Bolsa Família. O mesmo ponto de vista tem o carioca Alessandro Molon (PSB), que destaca que o projeto que estende o auxílio emergencial para 2021 não foi votado por pressão do governo federal. Na avaliação de Molon, "o benefício foi responsável por segurar a queda do PIB e por dar dignidade a milhões de brasileiros".

Plano do Congresso

Lembrando que o auxílio emergencial que retirou milhões de brasileiros da extrema pobreza nunca foi um plano do governo, e sim do Congresso Nacional, Marcelo Freixo (PSOL-RJ) diz não estar surpreso com a intenção do governo de barrar o benefício para 2021.

Justificativa incoerente

Kim Kataguiri (DEM-SP) lembra que o governo tem maioria na Câmara para pautar ou retirar de pauta todos os projetos. Ele acha incoerente o argumento do governo de que não tem recursos para financiar o 13º salário do Bolsa Família, sendo que o cartão corporativo da presidência da República custa R$ 700 mil por mês aos cofres públicos. O parlamentar ressalta que Bolsonaro gastou mais com o cartão corporativo do que Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

Atitude genocida

Citando estudo do IBGE, Sâmia Bomfim (PSOL-SP) afirmou que "4,4 milhões de famílias sobreviveram neste ano graças ao auxílio emergencial". Para a parlamentar, "retirar o alimento de milhões de pessoas é uma atitude genocida".
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