A bancada do Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados, mesmo em meio ao segundo turno das eleições municipais, trabalha intensamente para buscar caminhos para minimizar os prejuízos da seca no Estado. Um documento que reúne uma série de propostas para o combate à seca que atinge a agropecuária gaúcha, assinado conjuntamente por Fetag, Farsul, Fecoagro, Emater e Famurs, apresenta um conjunto de reivindicações dos setores produtivos para o enfrentamento dos efeitos da estiagem e está sendo apresentado a várias áreas do governo, com acompanhamento permanente de parlamentares gaúchos.
Impacto na produção
O documento, no qual as entidades ressaltam que a seca ocorrida no último trimestre de 2019 e no segundo semestre de 2020 impactou intensamente a produção agrícola e pecuária na última safra, encaminhado aos setores da produção, recebe atenção do deputado federal gaúcho Jerônimo Goergen (PP), que vem fazendo reuniões, via lives, com produtores, autoridades e técnicos do setor. Ele argumenta que 394 municípios tiveram decretos de Estado de Emergência homologados por conta dos prejuízos econômicos provocados pela falta da chuva.
La Niña agrava situação
Para o parlamentar progressista, "a situação fica mais preocupante porque teremos pela frente a ocorrência do fenômeno La Niña, que deve se estender até o final do verão, reduzindo significativamente os níveis de precipitação.
Alimentos subsidiados
O deputado federal gaúcho Bohn Gass (PT) está preocupado com a situação dos agricultores. Alerta que muitas lavouras estão sofrendo drasticamente com a seca. O parlamentar faz um apelo ao governo para que garanta alimentos subsidiados para os animais, acelere a assistência bancária e crie uma política de distribuição de água para irrigação. Para o deputado, "a Covid-19 e as eleições não podem ser desculpa para o governo não ajudar os agricultores".
Mulheres no comando
Com nove eleitas, o partido que mais elegeu mulheres prefeitas no Rio Grande do Sul foi o MDB. Depois, aparece o PP, com oito cadeiras femininas no Executivo, e o DEM e o PTB, com seis cada um. No total, o Rio Grande do Sul teve 37 eleitas que comandarão suas cidades. Embora ainda reduzido, representando apenas 7,6% do mapa gaúcho, o número significa um crescimento de 54% em relação a 2016 oportunidade em que somente 24 mulheres se elegeram. "Esse crescimento mostra preparo, competência e voz. A formação partidária é necessária para que nossas representantes tenham conhecimento e dimensão da responsabilidade social de suas atribuições", afirma Patrícia Alba, presidente do MDB Mulher RS.