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Repórter Brasília

- Publicada em 16 de Novembro de 2020 às 00:41

Presidente testa sua força política

Presidente da República Jair Bolsonaro,  durante o ato de homenagem do Agronegócio ao presidente da República em Sinop no Mato Grosso

Presidente da República Jair Bolsonaro, durante o ato de homenagem do Agronegócio ao presidente da República em Sinop no Mato Grosso


/ALAN SANTOS/PR/DIVULGAÇÃO/JC
Apesar de deixar atônitos muitos brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro (foto) está fazendo tudo o que ele vinha falando ao longo dos últimos anos, como parlamentar e como candidato ao Palácio do Planalto. O último episódio com a vacina chinesa e o Instituto Butantan, (a morte de um brasileiro que participava dos testes por outras causas sem relação com a vacina) deixou muita gente apreensiva com a postura do presidente que, antes de os fatos serem esclarecidos, foi ao ataque.

Apesar de deixar atônitos muitos brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro (foto) está fazendo tudo o que ele vinha falando ao longo dos últimos anos, como parlamentar e como candidato ao Palácio do Planalto. O último episódio com a vacina chinesa e o Instituto Butantan, (a morte de um brasileiro que participava dos testes por outras causas sem relação com a vacina) deixou muita gente apreensiva com a postura do presidente que, antes de os fatos serem esclarecidos, foi ao ataque.

Paz e amor, nem tanto

Esse é o estilo de Jair Bolsonaro. Esse negócio de que ele vinha mudando, se manifestando com maior prudência, não é a realidade; paz e amor, nem tanto. O presidente vai logo ao ataque para, segundo analistas políticos, uma "sobrevivência de ocasião", mas que, agora, a cada momento, fica mais difícil ser defendida, mesmo pelos aliados.

Recuo estratégico

Seu "recuo" há alguns dias, na verdade, foi uma defesa para não ter conflitos maiores com os outros Poderes, como, por exemplo, o Supremo e o Congresso, em consequência dos processos que tramitam e envolvem a família, como é o caso do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e as "rachadinhas", no Rio de Janeiro.

Grupo ideológico

Na guerra de palavras e confrontos entre Poderes e ministros, como foi o caso de Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e de Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, considerados superministros, eles se mantêm pela proteção do próprio presidente no suporte ao grupo ideológico do governo, que passa pelos filhos e o "exército" de assessores da mesma linha que os acompanham.

Confrontando as ameaças

O confronto com João Doria (PSDB) é um enfrentamento logo de início, de um possível candidato em 2022. Isso, como todos lembram, já ocorreu com Wilson Witzel (PSC), do Rio, e ameaça chegar ao vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB). Agora, o que vem trazendo notoriedade negativa ao governo brasileiro é essa demora de reconhecer a vitória de Joe Biden, nos EUA. Essa mistura de amigos com assuntos de Estado, depois que o mundo todo já reconhece a vitória do candidato Democrata, só compromete, desgasta e leva ao risco de o Brasil ficar isolado diplomaticamente, o que não é nada bom para as relações comerciais do Brasil com os demais países.

Fora das eleições municipais

Para complicar mais, Bolsonaro perdeu a grande oportunidade de fazer o que havia anunciado, ou seja, ficar fora das campanhas das eleições municipais e se preservar para 2022. Entrou de sola no apoio de alguns candidatos que parecem não ser os que vão ocupar as principais cadeiras de algumas importantes prefeituras. Um desgaste desnecessário ao atual titular do Palácio do Planalto. Ao contrário de outros presidentes que tinham que entrar nos confrontos por causa de seus partidos - Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Michel Temer (MDB) -, Jair Bolsonaro, sem partido, estava livre dessa missão espinhosa. Não resistiu e entrou fundo. Vamos ver o resultado.

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