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Repórter Brasília

- Publicada em 10 de Novembro de 2020 às 03:00

São Paulo, antessala de 2022

João Doria (e) e Jair Bolsonaro se distanciaram após eleições de 2018 e devem ser adversários em 2022

João Doria (e) e Jair Bolsonaro se distanciaram após eleições de 2018 e devem ser adversários em 2022


Marcos Côrrea/ Agência Brasil/ JC
Neste início de semana, o quadro eleitoral em São Paulo continua confuso e nebuloso. Próximo à linha de chegada da eleição municipal, já fica claro o início do duelo para a sucessão ao Palácio do Planalto, entre a reeleição do presidente Jair Bolsonaro e a candidatura do governador paulista, João Doria Júnior.
Neste início de semana, o quadro eleitoral em São Paulo continua confuso e nebuloso. Próximo à linha de chegada da eleição municipal, já fica claro o início do duelo para a sucessão ao Palácio do Planalto, entre a reeleição do presidente Jair Bolsonaro e a candidatura do governador paulista, João Doria Júnior.

Máquinas turbinadas

"É a disputa entre os maiores PIBs da América Latina", avaliam analistas políticos que acompanham de perto a política paulista e sua repercussão nacional. O embate das máquinas turbinadas para 2022 entre São Paulo e o governo federal terá grandes lances para todas as torcidas. Uma queda de braço que começou no início do governo e promete muitos episódios pela frente, até as próximas eleições.

Doria e Bolsonaro

Os personagens para a prefeitura: de um lado o candidato oficial do governo paulista, Bruno Covas (PSDB). De outro, o protegido do presidente Jair Bolsonaro, Celso Russomanno (Republicanos). Também de bandeira hasteada, Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL), cada um com diferentes cenários e plataformas. O certo é que qualquer um dos três será melhor para o bolsonarismo. O temor maior é a vitória de Bruno Covas, com um "bunker" do PSDB para proteger os tucanos na próxima campanha presidencial.

Posição estratégica

Para Doria, estrategicamente, São Paulo é uma posição essencial a ser mantida, para pavimentar o caminho da rampa do Palácio do Planalto. O perigo seria o PSDB entrar na campanha de 2022 com um aliado de Bolsonaro na prefeitura. Pelo cenário, Covas chega no segundo turno. Aí, a batalha ultrapassará fronteiras.

Só no segundo tempo

O presidente Bolsonaro, apesar de anunciar apoio a Russomano, não aqueceu a chapa do deputado. Na retranca, Bolsonaro quer ver aonde Russomano pode chegar, para depois, conforme a conveniência, entrar em campo.

Cavalo paraguaio

Os adversários de Celso Russomano, conta o jornalista José Antônio Severo, em sua ampla análise do panorama eleitoral paulista, que citamos na coluna, jocosamente, o chamam de "cavalo paraguaio" (uma alusão ao esgotamento físico da cavalaria paraguaia, desnutrida, na Batalha de Tuiuti (24/05/1866), quando mesmo muito mais numerosa, foi atropelada pela cavalaria brasileira do general Antônio de Souza Neto, montada em cavalos amilhados).

Mulher tucana

Na opinião de Yeda Crusius, no Brasil, "eles não miram a questão da mulher como aquela capaz de dar confiança e motivar uma eleição". Por isso, acredita em mudanças para o próximo pleito. Ela cita o exemplo de Kamala Harris, "que influenciou o resultado lá nos Estados Unidos". Argumenta: "ter colocado uma vice mulher, filha de imigrantes negros e asiáticos, fortalece, dá mais confiança".

Prioriza as mulheres

Questionada sobre se Doria e Bolsonaro colocarem uma mulher de vice, fará a diferença. Responde: "Não adianta Bolsonaro botar mulher de vice. Não cabe". Completando aquele raciocínio, diz Yeda: "tanto o Covas, na pandemia, quanto o Doria, no governo, priorizam a mulher. Não é apenas nos discursos".
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