A queda da cobertura vacinal no Brasil é novamente questionada pelo deputado federal e médico gaúcho Pedro Westphalen (PP). Ele tem liderado, no comando da Frente Parlamentar da Saúde, um amplo debate que discute o problema. O congressista não dá tréguas às autoridades de saúde para que a situação seja revertida.
Drama de 100 anos
Mesmo com 38 mil salas de vacinação no país, o Brasil vive um drama: nos últimos 100 anos, nunca se vacinou tão pouco. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que apenas metade das crianças receberam as doses previstas neste ano. O reflexo é que doenças já antes erradicadas, voltaram a exemplo do sarampo, atualmente com casos em 21 estados.
A batalha pela proteção
Depois de ser relator da lei que exige a apresentação da carteirinha de vacinação em dia para garantir a matrícula na escola, Westphalen acelera em suas propostas. "Precisamos aumentar a capilaridade na vacinação e democratizar ainda mais o acesso às vacinas. É preciso voltar a vacinar nos colégios, e levar essa possibilidade, com gratuidade, para as farmácias". A medida defendida por Westphalen vem avançando na Câmara dos Deputados.
Reforma tributária
"A reforma tributária vai andar, não tem como não acontecer", afirma o deputado federal gaúcho Ronaldo Santini (PTB). O grande desafio, na opinião do parlamentar, "é construir um texto dentro das propostas que já estão tramitando na Câmara".
Preço a pagar
"O importante é a gente ter a consciência na hora de votar do que nós estamos votando e que preço nós estamos dispostos a pagar", acentuou Santini. "Com relação a esta questão tributária, sabemos que vai diminuir o custo, vai diminuir a burocracia, mas é óbvio que alguns setores serão onerados."
Sem maquiagem
Para o parlamentar, "o que a gente precisa saber muito claro é quanto isso vai custar para este setor e se estamos dispostos ou não a pagar esse preço. Os números devem estar sem maquiagem para sabermos claramente o que estamos pagando. Uma coisa que tem lá, parte do princípio que o consumidor, sobre tudo aquilo que vai comprar, pagará o imposto no final da cadeia".
Esforço concentrado
O deputado trabalhista acha muito difícil votar ou resolver qualquer coisa, antes das eleições, mas entende que a reforma tributária precisa ser votada este ano para poder valer no ano que vem. Caso isso não aconteça, "teremos mais um ano de atraso. Precisaremos de um esforço concentrado para liquidar este assunto este ano ainda", argumenta o deputado.