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Repórter Brasília

- Publicada em 19 de Outubro de 2020 às 03:00

Só faltaram os atletas

O presidente Jair Bolsonaro sancionou o Projeto de Lei (PL) 2.824/2020, conhecido como PL de Socorro ao Esporte, mas vetou a ideia original, do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), que era oferecer a atletas e a outros profissionais do esporte a oportunidade de receberem o auxílio emergencial. Foi a mobilização dos atletas, que promoveram um "medalhaço", que fez com que o projeto fosse votado com urgência na Câmara. No fim, eles acabaram não contemplados.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou o Projeto de Lei (PL) 2.824/2020, conhecido como PL de Socorro ao Esporte, mas vetou a ideia original, do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), que era oferecer a atletas e a outros profissionais do esporte a oportunidade de receberem o auxílio emergencial. Foi a mobilização dos atletas, que promoveram um "medalhaço", que fez com que o projeto fosse votado com urgência na Câmara. No fim, eles acabaram não contemplados.
Esporte sem atletas
"Não existe esporte sem o atleta", reagiu o deputado federal gaúcho Danrlei de Deus (PSD, foto), questionado pela coluna Repórter Brasília, sobre o veto do presidente Jair Bolsonaro à oportunidade de os atletas receberem o auxílio emergencial. O parlamentar elogiou a sanção presidencial ao projeto conhecido como Socorro ao Esporte, mas lamentou o corte dos benefícios aos atletas.
Sem patrocínios
Danrlei argumenta que dispõe de dados que mostram que "a maioria dos atletas, principalmente aqueles que não estão em grandes agremiações, estão fazendo outras coisas para sobreviver, porque ninguém ajudou, ninguém", enfatizou o congressista. Segundo o deputado, que foi atleta profissional, "as agremiações não têm capacidade porque não tendo atividades esportivas, também perderam os patrocínios. Está tudo parado, também não tem patrocinadores. E sem isso, eles não têm capacidade de pagar os seus atletas, ou seja, arrebenta a corda naquele que mais precisa, que é o atleta".
Migrando para outras profissões
Para Danrlei de Deus, "ao contrário do que o pessoal pensa, poucos têm um bom salário". E ressalta: "Não estou falando só do futebol, mas de todos os esportes". Ele questiona ainda: "Como é que você vai dar auxílio ao esporte, sem auxiliar aqueles que fazem o esporte, que são os atletas?". Segundo o deputado, "vamos perder muitos bons atletas, de todas as modalidades, vamos perder muita gente boa, muitos talentos. Eles têm famílias e, sem apoio para sobreviver, estão indo para outras profissões, fazer outras coisas. Esse é o problema".
Um projeto capenga
"Não tem como auxiliar o esporte, sem auxiliar o atleta, que é aquele que faz o esporte. Por isso, acho ruim, acho que acaba não sendo um auxílio real ao esporte. Não será um auxílio real se não estiverem os atletas. Então, perde um pouco do mérito, não adianta auxiliar os clubes e as agremiações e não ajudar os atletas", criticou o congressista gaúcho. E conclui o parlamentar: "Fica um projeto capenga. Isso me deixa muito triste, chateado; é muito ruim para o esporte".
Realidade do setor esportivo
Para a senadora e ex-atleta da Seleção Brasileira de Vôlei, Leila Barros (PSB-DF), "o projeto foi construído a várias mãos e com os pés no chão. Participei da elaboração de cada item que refletiu a realidade do setor esportivo. Por isso, a expectativa para uma sanção sem vetos era grande".
Senadora Leila frustrada
"Respeito a posição do governo, mas me sinto frustrada, porque o auxílio emergencial para os profissionais do esporte, que era o cerne da proposta do deputado Felipe Carreras, foi totalmente vetado," reclamou a senadora do Distrito Federal.
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