O cenário político vai mudar completamente após as eleições municipais. Em coligações proporcionais, diante da cláusula de barreira, os partidos saberão com que poderão contar para as próximas eleições em 2022. Só depois disso, as forças que se destacarem começarão a se alinhar e se preparar para as eleições que já movimentam o país há alguns meses, principalmente no que diz respeito à presidência da República.
Sem muita preocupação
O que vem sendo apresentado no cenário atual é que os adversários do presidente Bolsonaro, no quadro pré-eleitoral, não preocupam muito o Palácio do Planalto. Condenado em dois processos criminais e com mais quatro denúncias pela frente, segundo alguns analistas políticos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é inelegível. Sergio Moro, que tem sido a pedra no sapato de Bolsonaro, e que as pesquisas colocam no topo, não tem partido e terá dificuldades em conseguir uma boa legenda. Pelo panorama atual, Jair Bolsonaro não tem adversários que o ameaçam.
Vaga no segundo turno
Com o cenário que vem sendo apresentado, parece garantida vaga de Bolsonaro no segundo turno em 2022. A disputa maior deverá ser na oposição, com João Doria (PSDB) ou Fernando Haddad (PT).
Hoje o retrato é esse
O deputado federal gaúcho Ronaldo Santini (PTB) avalia que "o cenário político de hoje, retrata exatamente isso. Agora se ele vai se perpetuar, e se manter, até lá, não se sabe. O processo da eleição é muito dinâmico", acentua o parlamentar trabalhista. Ele argumenta: "Você sai da liderança para a última colocação, e da última colocação, com muita facilidade. Se fosse hoje a eleição, eu não teria a menor dúvida de afirmar isso".
Economia, fator decisivo
Para o congressista, "a economia será fator decisivo para a tomada de decisão na caminhada para o Palácio do Planalto". Disse que "na questão do coronavírus, as medidas estão sendo tomadas. Estamos superando, passando essa fase, acredito que vamos conseguir sobreviver bem a isso".
Ministro da Economia
Na opinião de Ronaldo Santini, "o ministro Paulo Guedes, é da extrema confiança do presidente Jair Bolsonaro, e também de setores da economia". Para o deputado, "haveria muita dificuldade de uma troca no comando da economia, a não ser que fosse a pedido, ou seja, que ele pedisse para ir embora".
Nome forte no governo
Na avaliação de Ronaldo Santini, "o ministro que hoje dá segurança ao governo é o Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura". Segundo o congressista, "até me falaram esses dias, e eu não tinha me atentado para isso, que numa eventual troca do vice-presidente, que é uma coisa possível, o Tarcísio, seria um nome forte. Além das ações no Ministério da Infraestrutura, tem a seu favor, que não sairia da veia militar. Ele é engenheiro e militar da reserva, caso venha a acontecer de o Mourão não querer mais se disponibilizar a ser vice, uma grande opção seria o Tarcísio", acentuou Santini.
Mercado da cachaça
O mercado da cachaça deve encolher 20%, um produto tipicamente brasileiro, vinha ganhando espaço no mercado internacional como a representante do país entre as bebidas quentes. A pandemia acertou em cheio o mercado interno da cachaça.