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Repórter Brasília

- Publicada em 09 de Setembro de 2020 às 03:00

Violência contra os negros

"É fundamental discutirmos o racismo", afirma o senador gaúcho Paulo Paim

"É fundamental discutirmos o racismo", afirma o senador gaúcho Paulo Paim


ALESSANDRO DANTAS/DIVULGAÇÃO/JC
Nesse momento em que a violência policial contra os negros aumenta não só Brasil, mas também em outros países "é fundamental discutirmos o racismo", afirmou o senador gaúcho Paulo Paim (PT), à coluna Repórter Brasília. Ele abordou os principais temas do momento no cenário nacional e no Rio Grande do Sul. Começamos com racismo e violência policial, assunto que está em pauta neste momento pelas situações de agressão a negros.
Nesse momento em que a violência policial contra os negros aumenta não só Brasil, mas também em outros países "é fundamental discutirmos o racismo", afirmou o senador gaúcho Paulo Paim (PT), à coluna Repórter Brasília. Ele abordou os principais temas do momento no cenário nacional e no Rio Grande do Sul. Começamos com racismo e violência policial, assunto que está em pauta neste momento pelas situações de agressão a negros.

História se repetindo

"O Brasil precisa discutir isso. Já passaram mais de 400 anos e a história está se repetindo", lamentou Paim, acrescentando que "quando terminou a escravatura; era proibido estudar, proibido comprar terras, proibido ter ferramentas, não havia direito a nada". Disse que "o negro era jogado na beira da estrada e na beira dos rios. Eles iam subindo para os morros. Desse período, até hoje, todos os indicativos mostram como o povo negro foi descriminado".

Abordagem policial

"Hoje, me preocupo muito com a abordagem policial", enfatiza Paulo Paim. "Não pode continuar como está, e o mundo está discutindo isso. Por que o Brasil não pode discutir isso? Não é só a ação policial. Não. Os bandidos estão aí, e nós sabemos muito bem. Mas tem policial que também tem que ter uma reeducação de abordagem."

Lei da verdadeira história

Segundo o senador Paim, "só 25% dos municípios brasileiros adotam a lei que fala da verdadeira história do povo negro no Brasil. E a lei escreve a verdadeira história". Para o congressista, "os negros são mantidos sempre como subalternos, desconhecendo sua potente capacidade".

Sem viés político

Paulo Paim afirma que tem falado muito sobre esse tema. "Não no viés de política, de um contra o outro. Só vamos ser um País do primeiro mundo quando brancos e negros sentarem-se à sombra da mesma árvore e repartirem o pão."

Política de cotas

Na avaliação do senador gaúcho, "a lógica de cada vez mais caminharmos juntos". Como um exemplo positivo, o senador citou a política de cotas. Destacando: "fui ao Supremo defender. Era o único relator negro. Só tinha eu e um senador branco. Ele contra, e eu a favor. Ganhamos de 10 a zero", comemora.

Sem problemas nas cotas

"Por isso que a política de cotas não deu problemas", destaca Paulo Paim. "Hoje, os negros são mais de 53% nas universidades. É uma construção que nós temos que fazer neste País."
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