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Repórter Brasília

- Publicada em 27 de Agosto de 2020 às 03:00

Agricultura familiar

Deputado Nereu Crispim observa que "em função da pandemia, está tendo uma readequação de todo o orçamento do governo"

Deputado Nereu Crispim observa que "em função da pandemia, está tendo uma readequação de todo o orçamento do governo"


MICHEL JESUS/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
O veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto da Câmara que previa o pagamento de um benefício especial aos agricultores familiares, durante a pandemia, levou diversos parlamentares a protestar pela "falta de preocupação do presidente com aqueles que são responsáveis pela produção de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros". Para o relator da proposta, deputado Zé Silva (SD-MG), "os agricultores familiares são invisíveis ao governo, e a categoria precisa ser mais respeitada". Os deputados pedem a realização urgente de uma sessão do Congresso para derrubar o veto.
O veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto da Câmara que previa o pagamento de um benefício especial aos agricultores familiares, durante a pandemia, levou diversos parlamentares a protestar pela "falta de preocupação do presidente com aqueles que são responsáveis pela produção de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros". Para o relator da proposta, deputado Zé Silva (SD-MG), "os agricultores familiares são invisíveis ao governo, e a categoria precisa ser mais respeitada". Os deputados pedem a realização urgente de uma sessão do Congresso para derrubar o veto.

Decisão do Parlamento

Para Padre João, do PT de Minas Gerais, "é inadmissível que Bolsonaro desrespeite a decisão da Câmara e do Senado sobre um projeto que foi construído em acordo com o Parlamento, o segmento da agricultura e o próprio governo".

Governo está correto

Na avaliação do deputado federal gaúcho Nereu Crispim (PSL, foto), "em função da pandemia, está tendo uma readequação de todo o orçamento do governo. Isso está sendo debatido insistentemente, porque o governo tem que atender as demandas da pandemia e, ao mesmo tempo, cumprir o orçamento sem estourar o teto", assinalou. No entendimento do parlamentar, "o governo está correto, está fazendo algo que atende a todos. Essa é a hora de cada um dar a sua contribuição, apesar de entendermos que a agricultura familiar é primordial para o Brasil, e é quem está dando sustentabilidade, de não deixar faltar a comida dos brasileiros".

Indignado e perplexo

"A gente fica indignado e perplexo com o que aconteceu", afirmou o deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB), falando dos vetos do presidente à agricultura familiar. O parlamentar destaca que "o presidente da República vetou duas vezes a mesma coisa: primeiro, um projeto votado e aprovado na Câmara e no Senado. Depois, nós fizemos um grande trabalho no sentido de reunir 26 projetos dos mais diferentes deputados de todo o Brasil que falavam alguma coisa de agricultura familiar, desenvolvimento rural, política agrícola. Reunimos tudo no substitutivo, votado na Câmara com exceção do Partido Novo, que votou contra, todos foram favoráveis. Foi votado no Senado, por unanimidade, e aí, chega no presidente ele veta", lamentou.

Governo "nos dá as costas"

Para Heitor Schuch, "o governo está dando as costas para a agricultura familiar, justamente esse segmento que coloca 70% do alimento na mesa do povo brasileiro". O congressista disse que "nós temos um profundo respeito pela agricultura patronal, que produz em grande escala para exportar soja, para exportar grãos, exportar carne; mas, o alho, a laranja, as bergamotas, o alface, o leite, são produzidos nas pequenas propriedades". Argumenta que "o que vai à mesa do povo brasileiro todo santo dia, sai dessa agricultura familiar, portanto, é um descaso o que o presidente está fazendo com esse setor".

Desestímulo ao jovem

Na opinião de Shuch, "o que o governo está fazendo é um desestímulo ao jovem permanecer no campo, e ainda mais no ano que temos pandemia para todos". O deputado lembra que "os agricultores do Sul do Brasil tiveram seca, outros tiveram enchente, tiveram ciclone, prejuízos de toda ordem, e, portanto seria um recurso justo e digno para esse pessoal se manter".
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