Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 24 de Agosto de 2020 às 21:24

Orçamento para 2021

Deputado Bohn Gass avalia que ações do presidente miram eleições de 2022

Deputado Bohn Gass avalia que ações do presidente miram eleições de 2022


CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
O governo só tem esta semana para preparar o orçamento de 2021, respeitando o teto de gastos. Um desafio nada fácil. A proposta tem que ser enviada ao Congresso até a próxima segunda-feira (31). Entre os pontos a serem discutidos, estão as medidas do programa Pró-Brasil, que atenderia às famílias do Bolsa Família e incluiria outros grupos. A intenção é de criar um programa permanente que vai ofuscar projetos dos governos anteriores e que ainda mantêm a imagem do PT em algumas cidades brasileiras.
O governo só tem esta semana para preparar o orçamento de 2021, respeitando o teto de gastos. Um desafio nada fácil. A proposta tem que ser enviada ao Congresso até a próxima segunda-feira (31). Entre os pontos a serem discutidos, estão as medidas do programa Pró-Brasil, que atenderia às famílias do Bolsa Família e incluiria outros grupos. A intenção é de criar um programa permanente que vai ofuscar projetos dos governos anteriores e que ainda mantêm a imagem do PT em algumas cidades brasileiras.

Abrangência do programa

O programa se divide em cinco temas: Infraestrutura (transporte e logística; energia e mineração; telecomunicações e desenvolvimento regional e cidades); Desenvolvimento Produtivo (indústria; agronegócio; serviços e turismo); Capital Humano (cidadania; capacitação; saúde e defesa, inteligência, segurança pública e controle da corrupção); Inovação e Tecnologia (cadeias digitais; indústria criativa e ciência) e Viabilizadoras (finanças e tributação; legislação e controle; meio ambiente; institucional e internacional e valores e tradições).

Pobre-Brasil

O PT chama o programa Pró-Brasil de Pobre-Brail. O deputado federal gaúcho Bohn Gass (PT) argumenta que "é uma contradição". Segundo o parlamentar, "o presidente só está ajudando o renda básica porque ele dizia que era 'mimimi' ajudar os pobres. O ministro Paulo Guedes diz que se querem ganhar dinheiro têm que colocar grandes nomes nos pequenos, então agora ele só tá fazendo isso porque ele tá mirando em 2022. O governo está lançando o programa não para ajudar o povo brasileiro, mas para se ajudar nas eleições; um programa para fazer uma disputa com a esquerda, só pensando na eleição". Na opinião do congressista, "é um Brasil pobre quando o presidente faz contra sua convicção para fazer voto eleitoral. Então, aí não se pode aceitar, é muita pobreza, é lastimável".

Cenário das eleições

O avanço do vírus, aliado a problemas econômicos que ameaçam se tornar ainda mais graves, caso o governo fure o teto de gastos, pode mudar o cenário das próximas eleições gerais. Especialistas apontam que a figura de um médico, como do ex-ministro da Saúde Luis Henrique Mandetta, pode ganhar força com a tragédia social e humana provocada pela pandemia. E Mandetta já vem se manifestando sobre os erros do governo, com conhecimento de causa. Já tem sua estratégia pronta e admite que pode ser candidato a presidente ou vice em 2022.

Manicômio tributário

Para que o orçamento possa atender as mínimas necessidades do País neste período pré-eleitoral, no qual as necessidades aumentam para cumprir os acordos eleitorais, o assessor especial do ministro da Economia, Paulo Guedes, Guilherme Afif Domingos, voltou a falar sobre a simplificação de tributos propostas pelo governo federal. Segundo ele, é uma solução para o que chama de "manicômio tributário".

Caixa-preta

Afif Domingos, que como líder empresarial conhece bem o sistema tributário atual, diz que se trata de uma "caixa-preta", e que a maior parte da população não tem conhecimento do real valor de impostos embutidos em bens e serviços pagos. A realidade mostrada pelo assessor do ministro do Planejamento: "O ICMS, por exemplo, você pensa que está pagando na conta de luz, 25%, mas não é 25%, é 33%. Na lei é 25%, mas na forma como é calculado, gera imposto sobre imposto", exemplifica.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO