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Repórter Brasília

- Publicada em 23 de Agosto de 2020 às 22:17

Cai o ímpeto reformista

Um efeito colateral indesejável da pandemia é a perda de velocidade das reformas estruturais no Brasil, um processo que pareceu, a certa altura, viável, até que a doença retirou a massa de jovens deputados e deputadas de primeiro mandato do convívio do plenário, dos corredores e do cafezinho do Salão Verde da Câmara.
Um efeito colateral indesejável da pandemia é a perda de velocidade das reformas estruturais no Brasil, um processo que pareceu, a certa altura, viável, até que a doença retirou a massa de jovens deputados e deputadas de primeiro mandato do convívio do plenário, dos corredores e do cafezinho do Salão Verde da Câmara.
Vetos presidenciais
As sessões virtuais não se revelaram capazes de conviver com o dissenso. Então, nada acontece, a não ser aquelas questões inamovíveis, como é o caso dos polêmicos vetos presidenciais e medidas provisórias, que têm prazos estritos para um "sim" ou "não" das casas legislativas. Só vão a voto os temas em que há consenso. As controvérsias ficam para depois. Quando?
Reformistas nos plenários
Segundo um dos parlamentares mais experientes do Congresso Nacional, o deputado gaúcho Alceu Moreira (MDB), líder da maior bancada pluripartidária, a Frente Ruralista, nunca antes verificou-se tamanha quantidade de reformistas nos plenários. É curioso: não são bancadas de esquerda que clamam por mudanças, mas, pelo contrário, quanto mais direitistas, mais dispostos a pechar com as corporações e bater de frente com interesses arraigados que travam a chegada dos novos tempos.
Esfriando o sangue
Porém, sem as conversas ao pé do ouvido, sem as tribunas abertas aos debates e aos apartes, enfim, esfriado o sangue das veias do sistema parlamentar, as questões difíceis não têm como avançar. Tamanha paralisação pode arrefecer os ânimos e as determinações dos deputados que chegaram às casas com todo o ímpeto dos demolidores de catedrais.
Comando dos experientes
Para as velhas raposas que ainda sobraram do massacre eleitoral de 2018, um sinal claro de que essa previsão do parlamentar gaúcho é consistente foi a troca do deputado Major Victor Hugo (PSL-GO) na liderança do governo, pelo ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR, foto). Victor Hugo é um deputado de primeiro mandato, que trazia atrás de si a leva de jovens parlamentares que chegou à Câmara com o ímpeto de mudar o Brasil. Conseguiram alguns êxitos, estavam em crescimento, mas perderam o pé, afogados pelo plenário virtual da pandemia. Diante do computador, não há como produzir os mesmos efeitos dramáticos e políticos de um plenário presencial. O comando voltou aos antigos. O novo líder está no seu sexto mandato. A experiência no lugar da juventude.
Ênfase no empreendedorismo
 O MDB do Rio Grande do Sul está iniciando a confecção de um projeto de desenvolvimento para o Estado, com ênfase na criação de centros de lançamento de empreendedorismo. Segundo os dirigentes do partido de Pedro Simon, o Rio Grande do Sul deve concentrar-se nas vantagens relativas de seus recursos humanos como ativo para superar os obstáculos que têm dificultado o crescimento econômico, que seria, segundo os políticos, a única saída para romper com o imobilismo produzido pelo estrangulamento fiscal. Para isso, contam com o sistema universitário, no qual existem excelentes berçários de startups: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) e Unisinos são referências internacionais nesse segmento.
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