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Repórter Brasília

- Publicada em 19 de Agosto de 2020 às 03:00

Empregos nas privatizações

Salim Mattar deixou o governo afirmando que gostaria de ter privatizado quase todas as estatais

Salim Mattar deixou o governo afirmando que gostaria de ter privatizado quase todas as estatais


VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O novo comandante responsável pela área de privatizações do governo Bolsonaro, indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para assumir a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, chega com força para contribuir na campanha já deflagrada pelo presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto. Ele terá poder para indicar cerca de 300 cargos em conselhos de administração e direção de estatais. Esse é o número de vagas que o Ministério da Economia tem direito a preencher em 197 empresas. Nas maiores, o salário pode chegar a R$ 120 mil mensais.
O novo comandante responsável pela área de privatizações do governo Bolsonaro, indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para assumir a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, chega com força para contribuir na campanha já deflagrada pelo presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto. Ele terá poder para indicar cerca de 300 cargos em conselhos de administração e direção de estatais. Esse é o número de vagas que o Ministério da Economia tem direito a preencher em 197 empresas. Nas maiores, o salário pode chegar a R$ 120 mil mensais.

Salários nas estatais

Um diretor da Petrobras pode ganhar até R$ 120 mil mensais. Nas estatais de menor porte, o rendimento gira em torno de R$ 25 mil a R$ 30 mil mensais. Para aquelas que possuem política de remuneração variável, quem bate as metas pode obter até 24 salários por ano.

Privatizar as estatais

Ex-secretário especial de Desestatização e Privatização, Salim Mattar deixou o governo afirmando que gostaria de ter privatizado todas as estatais, mas que não teve êxito no planejamento durante os 18 meses em que esteve no governo. O ex-secretário afirmou que sua meta era manter apenas três empresas sob o poder do Estado: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobras.

Privatiza ou fecha

O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB), presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, a poderosa FPA, sem meias palavras, deu o diagnóstico, para as empresas do governo que vem fazendo a mesma coisa: "Privatiza ou fecha, ponto". Segundo o deputado, "não tem um, tem vários, vários, vários, vários, inclusive ministérios, fazendo a mesma coisa. É preciso fazer a transversalidade imediatamente para identificar os entes que fazem as mesmas coisas, um atrapalhando o outro", concorda o congressista. E enfatiza: "Não por acaso, é de propósito, porque eles foram criados para acomodar parceiros".

Questão do saneamento

Na questão do saneamento, na qual existem nove ministérios e oito empresas fazendo a mesma coisa, o parlamentar afirmou que: "Para a Funasa (Fundação Nacional de Saúde ), conseguimos R$ 35 milhões para fazer poços artesianos, para resolver o problema da seca, e até hoje eles não fizeram nenhum".

Governo híbrido

Na opinião de Alceu Moreira, "para fazer um projeto dessa natureza não pode ter fogo amigo. O fogo amigo te liquida, porque as pessoas que deveriam te ajudar a fazer, acabam não fazendo". O parlamentar, líder do agronegócio, frisa que "o governo não pode ser um governo híbrido, que uma hora é liberal e outra hora é corporativista. Tem que ter unidade de pensamento em relação a isso".
 
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