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Repórter Brasília

- Publicada em 21 de Julho de 2020 às 03:00

Planalto em xeque

Ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, vai se reunir com líderes da Câmara e do Senado

Ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, vai se reunir com líderes da Câmara e do Senado


Marcello Casal Jr/Agência Brasil/JC
O Congresso Nacional põe em xeque, mais uma vez, a articulação política do Palácio do Planalto. O governo não tem conseguido os votos suficientes, no plenário. Com isso, sofreu três derrotas importantes na Câmara. A apreciação dos vetos presidenciais esta semana será mais um teste. Buscando apoio das bases, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, vai se reunir com líderes da Câmara e do Senado, nesta terça-feira. Com uma nova negociação com os parlamentares tentará evitar a dispersão da base aliada. Uma prova de fogo que terá a atenção da Esplanada dos Ministérios.
O Congresso Nacional põe em xeque, mais uma vez, a articulação política do Palácio do Planalto. O governo não tem conseguido os votos suficientes, no plenário. Com isso, sofreu três derrotas importantes na Câmara. A apreciação dos vetos presidenciais esta semana será mais um teste. Buscando apoio das bases, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, vai se reunir com líderes da Câmara e do Senado, nesta terça-feira. Com uma nova negociação com os parlamentares tentará evitar a dispersão da base aliada. Uma prova de fogo que terá a atenção da Esplanada dos Ministérios.

Missão dos vice-líderes

"A nova missão dos vice-líderes é fazer o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto se entenderem", afirma o deputado federal gaúcho Ronaldo Santini (PTB). Para o parlamentar, "o governo conseguiu avançar em algumas finalizações com o Congresso, mas ele não está ainda conseguindo a interlocução ideal com a Câmara. Tem muitas coisas para ser avaliadas. Falta diálogo".

Cumprir o comprometido

Quanto ao acordo com o Centrão, o deputado Santini admite que o governo ainda não conseguiu colocar em prática o que foi acordado. "Ainda não cumpriu com o que foi prometido, ficou só no rumo, na vontade", diz.

Recuperar a economia

O maior desafio para o segundo semestre entre Congresso e Governo, segundo Ronaldo Santini, é recuperar a economia do País, encontrar o reequilíbrio financeiro e, o governo fazer com que se encontre uma estabilidade e que entre o tripé da democracia, "fazer esse povo se entender".

Reforma tributária

Sobre a reforma tributária, o parlamentar disse que "resta saber como vai terminar essa confusão do (Davi) Alcolumbre (presidente do Senado) com a Câmara". São três propostas, só as oficiais, fora as que tramitam no paralelo. "Têm que buscar um equilíbrio urgente", acentua o Congressista. O deputado chama atenção para a missão dos novos vice-líderes na busca do equilíbrio e entendimento entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, porque "até então era tudo do PSL, ou todos do Bolsonaro, agora, outros partidos integram as vice-lideranças".

Nem cargos resolveram

Nem mesmo os cargos que o Planalto distribuiu para partidos do Centrão, recentemente, fizeram com que o bloco se unisse no apoio fechado ao governo. As derrotas impostas a Bolsonaro acenderam o sinal amarelo no Planalto. A contragosto da equipe econômica, por exemplo, a Câmara aprovou projeto que já havia passado pelo Senado, e prevê indenização de R$ 50 mil para profissionais de saúde incapacitados de trabalhar após contaminação pelo coronavírus. Além disso, deputados também deram sinal verde para o projeto que prevê socorro financeiro de até R$ 1,6 bilhão ao setor esportivo. O governo tentou tirar a proposta da pauta, mas não conseguiu. O terceiro revés ocorreu com a retomada da discussão da reforma tributária sem a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes. A iniciativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi vista como uma forma de pressionar Guedes a enviar o projeto, o que deve acontecer nesta terça-feira.
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