"Mesmo num momento de grave crise econômica e social pela pandemia, o agronegócio brasileiro garante ao País, receita, empregos e protagonismo no cenário internacional", assinala o deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT, foto). O parlamentar acrescenta: "liderar a produção de carnes e grãos, com qualidade, assegura o reconhecimento como um dos maiores produtores de alimentos do mundo". Segundo Motta, "apesar da insensibilidade do governo para a defesa do meio ambiente e do distanciamento da ciência no trato da pandemia, o agronegócio, por seu valor e tudo que representa no abastecimento do mundo, vem impedindo o nosso isolamento", frisou o congressista gaúcho.
Melhores princípios
Portanto, alerta Afonso Motta, "fica o apelo para que o Governo tenha sensibilidade e se alinhe aos melhores princípios das relações internacionais e a necessária cooperação entre os povos para superar os desafios da doença e preservar as vidas".
Demonização dos frigoríficos
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, afirmou que, desde o início da pandemia, o setor de frigoríficos adota as medidas necessárias de proteção contra o coronavírus. Ele relata que há canais de diálogo com as autoridades que regulamentam a atividade para fortalecer os protocolos existentes. Disse que o setor tomou todas as medidas orientadas pelas autoridades de saúde e o protocolo aplicado pelos frigoríficos, vem a cada dia sendo aperfeiçoado. Foi, inclusive, validado pelo hospital Albert Einstein.
Confiabilidade dos testes
Francisco Turra questiona a confiabilidade dos resultados de parte dos testes rápidos utilizados. Citou um exemplo de uma empresa de bovinos, em Rondonópolis, que teve 90 casos confirmados com testes rápidos. Quando foi feito o PCR, o Hospital da PUC levou um laboratorista para fazer o teste no próprio frigorífico, foram constatados apenas cinco. Turra revelou que "há uma demonização contra os frigoríficos e, às vezes, até com inverdades que ultrapassam fronteiras, e que são perigosas".
Maior proteção
Segundo o presidente da ABPA, "dos frigoríficos do mundo, nós somos os que tem a maior proteção". Afirmou que "há 200 frigoríficos no Brasil (aves, suínos e bovinos) com 500 mil trabalhadores de chão de fábrica. Foram criados 20 mil novos empregos para substituir os que foram afastados, por proteção, sem perder o trabalho. Especificou que os frigoríficos vêm investindo também nas comunidades auxiliando no combate ao coronavírus, doando material, equipamentos e investindo valores significativos no auxílio às prefeituras, no atendimento à população".
Surpresas a cada momento
O problema, assinalou Turra, "é que o coronavírus é surpreendente", e a Organização Mundial da Saúde mostra a cada dia que ela também tem dificuldade de contê-lo. "Vamos nos aprimorando e, semanalmente, nos encontramos com os técnicos dos departamentos de saúde para validar, discutir, aperfeiçoar, buscando soluções."