Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 04 de Junho de 2020 às 03:00

Fake news

Plenário do STF julgará dia 10 ação que questiona a tramitação do inquérito que apura ataques e ameaças aos ministros e a disseminação de fake news

Plenário do STF julgará dia 10 ação que questiona a tramitação do inquérito que apura ataques e ameaças aos ministros e a disseminação de fake news


FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL/JC
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, marcou para o próximo dia 10 o julgamento, pelo plenário, da ação que questiona a tramitação do inquérito que apura ataques e ameaças aos ministros e a disseminação de fake news. O relator é o ministro Alexandre Moraes. Essa investigação está no centro da crise entre o governo e o Supremo. Enquanto isso, a Polícia Federal intimou apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que estão entre os investigados, a prestarem depoimento.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, marcou para o próximo dia 10 o julgamento, pelo plenário, da ação que questiona a tramitação do inquérito que apura ataques e ameaças aos ministros e a disseminação de fake news. O relator é o ministro Alexandre Moraes. Essa investigação está no centro da crise entre o governo e o Supremo. Enquanto isso, a Polícia Federal intimou apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que estão entre os investigados, a prestarem depoimento.

Aumentando a temperatura

A Polícia Federal cumpriu, na última semana, 29 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a empresários, blogueiros e outros apoiadores de Bolsonaro, suspeitos de participar, segundo o ministro Alexandre de Moraes, de uma "organização criminosa" montada para atacar adversários do presidente nas redes sociais. Jair Bolsonaro, voltou a atacar o Supremo e ameaçou não mais acatar decisões da Corte, elevando ainda mais a temperatura da crise.

Intimação e desobediência

Uma das organizadoras do acampamento 300, de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, Sara Winter, por sua vez, confirmou que foi intimada a depor. Nas redes sociais, voltou a agredir o STF e garantiu que não compareceria ao depoimento. Ela também gravou um vídeo em que diz se recusar a obedecer a intimação. "Eu vou incorrer em crime de desobediência, porque eu me nego a ir nessa bosta. Eu não vou!", grita nas imagens, a militante bolsonarista. No fim de semana ela esteve no grupo que fez um protesto em frente ao STF, em que os participantes usavam máscara e empunhavam tochas, à semelhança do grupo racista norte-americano, Ku Klux Klan.

Reflexo da polarização

"Está mais do que na hora de que o Brasil entender que não tem mais como ter essa divisão, e essa desinformação", afirmou o deputado federal gaúcho Daniel Trzeciak (PSDB). O parlamentar acrescentou: "Parece que a gente está vivendo sempre um Fla-Flu, uma situação de que não acaba, e as fake news são um reflexo de tudo isso, dessa polarização que o Brasil está vivendo".

Terra sem lei

O deputado tucano acentuou que "tem dito em todas as ocasiões, que ser vítima de fake news não é só os agentes políticos, toda a sociedade acaba sofrendo com isso". Segundo Trzeciak, "as pessoas não sabem mais em quem acreditar. A rede social virou uma terra sem Lei". O congressista defende que precisa ter investigação, precisa dar sequência às investigações na Câmara. "Tu imaginas só, o Supremo Tribunal Federal, por mais que nós tenhamos todas as divergências com os ministros, nós não estamos falando de fake news contra os ministros, nós estamos falando das instituições".

Fortalecer a democracia

Para Trzeciak, "quando a gente fala em fortalecer a democracia, a gente fala em ter instituições que sejam fortes. Então, precisamos ter uma legislação que possa realmente punir, regulamentar, digamos assim, o uso dessas redes".
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO