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Repórter Brasília

- Publicada em 19 de Maio de 2020 às 03:00

Crescimento do Centrão

Enquanto o Executivo perde popularidade em meio à crise que o Brasil vive nesse cenário de pandemia e de problemas políticos, com debandada de ministros e assessores do primeiro time, o Centrão, grupo que o presidente Jair Bolsonaro buscou ajuda no Congresso Nacional para dar apoio ao governo, cresce e ocupa espaços em todas as áreas. O Centrão, com enorme poder de fogo no Parlamento, reúne partidos como PP, DEM, PR, PRB, MDB e SD.
Enquanto o Executivo perde popularidade em meio à crise que o Brasil vive nesse cenário de pandemia e de problemas políticos, com debandada de ministros e assessores do primeiro time, o Centrão, grupo que o presidente Jair Bolsonaro buscou ajuda no Congresso Nacional para dar apoio ao governo, cresce e ocupa espaços em todas as áreas. O Centrão, com enorme poder de fogo no Parlamento, reúne partidos como PP, DEM, PR, PRB, MDB e SD.

Base de apoio

Para garantir uma base de apoio e segurar o "fogo cruzado" no Congresso, bem como travar um eventual processo de impeachment, o bem articulado Centrão, começa a blindar o chefe do Executivo. Não só o Palácio do Planalto, mas também o Parlamento, sabe que, para manter essa blindagem ao presidente da República, será necessário ceder às pautas do Centrão, que tende a pressionar por medidas que aumentam os gastos públicos.

Dificuldades no Parlamento

Na opinião do deputado federal gaúcho Lucas Redecker (PSDB, foto), "uma suposta dificuldade com o Parlamento, construída, muitas vezes, pelo próprio presidente ou pelo governo, em alguns momentos, leva o Bolsonaro a tentar avançar dentro da Câmara na busca de aliados que possam dar suporte e tratem da aprovação de projetos e também da blindagem em relação a ameaça de impeachment". Para o congressista, "a leitura em relação a isso, participar, barganhar, e os benefícios que isso traz, depende da avaliação de cada um, de cada partido, se vai participar ou não".

Apoiar por convicção

Lucas Redecker, frisou: "acho que não se pode apoiar simplesmente pelo espaço que vai ter. Tem que apoiar por convicções". Segundo o parlamentar, "esse debate é feito dentro do próprio PSDB, que não busca fazer parte do Centrão, e tem independência no apoio nas pautas que são importantes para o País e em ser contra as pautas que não considera importante para o Brasil".

PSDB não integra o Centrão

O tucano concluiu afirmando que "não é contra quem entra, mas o PSDB não integra o Centrão". Tanto, assinalou Redecker, "que o PSDB não foi sentar com o governo para buscar cargos. A única indicação da qual o partido participou foi a do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho".

Paulo Guedes de olho

A equipe do ministro Paulo Guedes, que já anda em pânico com a ameaça de aumento dos servidores, fica ainda mais apreensiva e de olho na movimentação do Parlamento. Só com mudanças no projeto de lei que congela salários de servidores públicos até 2021, a pasta levou um baque de R$ 87 bilhões. Agora, tenta se programar para segurar ao máximo as perdas após a pandemia do novo coronavírus. Os projetos no Congresso que aumentam os gastos públicos são acompanhados de perto pelo ministro Paulo Guedes.

Liberação de verbas

O Parlamento tem alterado propostas do Palácio do Planalto e, com isso, buscado ampliar seu apoio popular. Em sessões por videoconferência, Câmara e Senado têm aprovado liberação de verbas muito acima dos valores que Guedes propôs. Apesar dos pedidos do ministro da Economia, os parlamentares excluíram 60% da lista de categorias afetadas pelo congelamento. A economia, que seria de R$ 130 bilhões, caiu para R$ 43 bilhões.
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