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Repórter Brasília

- Publicada em 18 de Maio de 2020 às 03:00

Mais incertezas


LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
A segunda quinzena de maio começa impulsionada por duas incertezas: uma se realmente estamos entrando no pico da pandemia e a outra quanto de força terá o novo arranjo com o bloco do centrão para deter as nuvens de tempestade que vão aos poucos cobrindo o céu da capital federal.
A segunda quinzena de maio começa impulsionada por duas incertezas: uma se realmente estamos entrando no pico da pandemia e a outra quanto de força terá o novo arranjo com o bloco do centrão para deter as nuvens de tempestade que vão aos poucos cobrindo o céu da capital federal.
Acalmar os nervos
Os cientistas previam que, na metade deste mês, se iniciaria o achatamento da curva epidemiológica e que, daqui para frente, o crescimento das infecções iria perdendo seu ímpeto, até atingir níveis aceitáveis para abrir as portas do comércio e dos serviços para voltar a mover a roda da economia. Mesmo ainda com as restrições da quarentena, o indicador descendente pode ter um efeito positivo no ânimo das pessoas e dos negócios, além de contribuir para a pacificação das forças políticas e acalmar os nervos das militâncias estridentes.
Força do Centrão
O acordo com o Centrão, uma força parlamentar com 220 deputados (majoritariamente PP, PL, PSD, MDB, DEM, Solidariedade, PTB, Pros e Avante), por si só, já tem força para fechar a porta dos fundos do impeachment. A porta de entrada é a denúncia do procurador-geral da República, Augusto Aras, considerado como aliado seguro do presidente Jair Bolsonaro. A presente investigação conduzida pelo ministro Celso de Melo, do Supremo, mira, para além da neblina, no ex-ministro Sérgio Moro, apontado como caluniador, não obstante a carga da mídia seja nos palavrões do presidente na última reunião ministerial que desencadeou a renúncia do ministro da Justiça e o começo dessa crise. O feitiço pode virar contra o feiticeiro.
Bendito vírus
Há males que vêm para bem, diz o ditado. A pandemia de um lado e as trapalhadas do presidente Bolsonaro de outro devolveram aos prefeitos o protagonismo político e administrativo, catapultados pela gestão da crise sanitária. A vida das prefeituras foi, nesse último quadriênio, um martírio só comparável aos sofrimentos dos faquires, obrigados a sobreviver sem comida e deitados quase pelados numa cama de pregos pontiagudos. Estados falidos, arrecadação minguante, governos federais em farrapos (Dilma, Temer e, agora, Bolsonaro). Sem chance de um "respirador". As demandas da quarentena e da assistência hospitalar trouxeram os prefeitos para primeiro plano, como salvadores das vidas e da Pátria. Aqueles que são candidatos à reeleição ganharam uma lufada de oxigênio, tal qual a inesperada epidemia, que chegou de repente.
Prefeitos ganham holofotes
Em meio a esses dias de insegurança e desespero, os prefeitos ganharam os holofotes das televisões ou, nas cidades menores, os microfones das rádios, ouvidos e acatados pelos seus munícipes. Ventos favoráveis. Um eventual adiamento das eleições não pode passar de meados de dezembro, pois prorrogação de mandatos é inaceitável. A data fatal é 31 de dezembro. Os burgomestres vão chegar ao pleito ainda levados pela onda de solidariedade que uniu toda a população nestes dias de horror.
Antessala de 2022
As eleições municipais são esperadas como medida de posições no quadro eleitoral de 2022, quando serão disputadas as eleições para sucessão dos governadores. O termômetro vai demonstrar a força eleitoral do presidente Jair Bolsonaro nas capitais dos seus adversários prováveis no pleito nacional.
 
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