Um trabalho debatido pelo Grupo Brasil Produtivo, apresentado pelo professor Marcus Vinícius Rodrigues (foto), ganha uma importância ainda maior com o momento político. A proposta está com a Casa Civil e "trata da amplitude de um único órgão ao concentrar algumas das mais importantes atividades de uma nação: as finanças, o planejamento, o desenvolvimento da indústria, comércio e serviços, a geração de empregos e a administração de pessoal. O desenvolvimento industrial e comercial também não está acontecendo, então o desenvolvimento não existe", escreve o professor.
Sugestões para a economia
Na economia, avalia o professor, "não podemos continuar no mesmo local, com a Fazenda, Planejamento, Emprego e Desenvolvimento. Isso tem que ser desvinculado. Nenhum país do mundo adota esse modelo". O trabalho trata também da atual crise motivada pela pandemia da COVID-19, que deve obrigar nações, em particular o Brasil, a repensar seus modelos estruturais, estratégicos e suas políticas e programas, buscando uma nova configuração e maior autonomia para os municípios.
Foco no coronavírus
O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB) avalia que o novo ministro da Justiça vai cumprir as suas funções, e a partir de então, vai mostrar os reflexos do que aconteceu, "mas como nós estamos envolvidos nessa questão do coronavírus e de toda essa crise financeira que nós teremos, eu não acredito que vá se ter foco para ficar tratando de coisas secundárias nesse momento". E recomendou: "vamos tratar de coisas que interessam ao País. Quem tem responsabilidade vai cuidar disso".
Acordos políticos
Alceu Moreira acha um equívoco fazer qualquer tipo de acordo que estabeleça voto em troca de cargos. O congressista, um dos líderes do agronegócio lembra que "o governo levou, a eleição nos levou junto ao governo, e o próprio governo Bolsonaro, dizendo que não faria isso. O Bolsonaro tem uma maioria gigantesca que veio das urnas e que vota no que ele precisa". O parlamentar considera que "o que Bolsonaro precisa, na verdade, é harmonizar essa maioria em torno de um projeto bom para o Brasil. "
Pacto em torno de projetos
Moreira destaca que "a Câmara não tem 14 ou 15 partidos bolsonaristas, mas tem uma grande maioria, 314 parlamentares que são capazes de compor em torno de um projeto. Então o que precisa é o seguinte: pega um conjunto de legislações da Câmara e do Senado que são importantíssimos aprovar até o final do ano e faz um pacto em torno disso. É entorno disso que tem que sair a maioria", acentuou. O parlamentar assinala ainda que "não tem crime nenhum se ele votou ali como indicado de alguém se ele tem qualificação, se aderiu ao movimento. Agora ter isso como objeto principal é o fim da picada, está errado".