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Repórter Brasília

- Publicada em 20 de Abril de 2020 às 03:00

Desafios do ministro da Saúde

Deputado 1 Jerônimo Goergen - crédito Vinicius Loures - Câmara dos Deputados

Deputado 1 Jerônimo Goergen - crédito Vinicius Loures - Câmara dos Deputados


/VINICIUS LOURES/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, começa a semana com alguns desafios difíceis de serem cumpridos em meio ao combate da pandemia de Covid-19. O oncologista Nelson Teich, de capacidade comprovada, terá o imenso desafio de montar uma nova equipe e se inteirar de toda a estrutura montada para enfrentar a pandemia justamente no momento em que esta começa a atingir o pico no País. O maior inimigo do médico carioca é o tempo. O grande problema, hoje, das autoridades sanitárias da linha de frente desta crise é exatamente a falta de tempo e a incerteza da duração da crise.

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, começa a semana com alguns desafios difíceis de serem cumpridos em meio ao combate da pandemia de Covid-19. O oncologista Nelson Teich, de capacidade comprovada, terá o imenso desafio de montar uma nova equipe e se inteirar de toda a estrutura montada para enfrentar a pandemia justamente no momento em que esta começa a atingir o pico no País. O maior inimigo do médico carioca é o tempo. O grande problema, hoje, das autoridades sanitárias da linha de frente desta crise é exatamente a falta de tempo e a incerteza da duração da crise.

Imprudência sem sentido

Para alguns parlamentares, a troca de ministros, neste momento, é uma imprudência, numa disputa que não faz muito sentido. O grande problema no combate à pandemia do coronavírus, na avaliação do deputado federal gaúcho Jerônimo Goergen (PP), "é que houve, até aqui, uma disputa eleitoral. Isso é duro, e a gente lamenta", enfatizou o congressista.

Planos de Saúde

O deputado federal Jerônimo Goergen (foto) aguarda manifestação do governo a respeito do anunciado aumento dos planos de saúde. Ele encaminhou ofício, na quinta-feira, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao presidente da República, Jair Bolsonaro, solicitando o congelamento dos reajustes pretendidos pelos planos de saúde, mesmo que os mesmos tenham previsão legal. "Diante de uma crise sem precedentes em nossa história, a majoração de preços representa um abuso nas relações de consumo."

Fim do isolamento

Como se sabe, o presidente Jair Bolsonaro já disse repetidas vezes que é defensor do fim do isolamento e da "volta à normalidade", mesmo que isso cause mais mortes - mas isso, para o presidente, "é da vida". Não será fácil para o oncologista que, agora, comanda a saúde no Brasil atender o presidente e respeitar as normas da Organização Mundial da Saúde e de especialistas, que mostram cientificamente que o isolamento é indispensável para evitar que o coronavírus se alastre ainda mais.

Decisões difíceis

Pelo histórico dos últimos meses, o presidente Bolsonaro, certamente, espera que o novo titular do Ministério da Saúde não o contrarie e, sobretudo, não o obscureça. Decisões difíceis aguardam Nelson Teich a partir de agora. Uma coisa parece certa: o novo ministro chega com uma visão parecida com a do presidente no que diz respeito à economia e aos investimentos no combate à crise.

Relação com governadores

Outro desafio que exigirá muita diplomacia de Nelson Teich é o tratamento do Ministério da Saúde com os estados brasileiros. O presidente não perde oportunidade de criticar os governadores, a quem atribui a responsabilidade pela crise econômica que ameaça sua reeleição. O ministro estará a seu lado na briga com os governadores. Sem dúvida, a cobrança será grande, com o Congresso Nacional exercendo uma pressão de grosso calibre.

Vitória do bom senso

A expectativa é que, no meio dessa briga toda, governadores e prefeitos fiquem firmes na manutenção do isolamento social. No que alguns parlamentares chamam de "vitória do bom senso". O Supremo Tribunal Federal decidiu, na última semana, que estados e municípios têm autonomia para estabelecer o grau do isolamento necessário para conter o avanço da pandemia.

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