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Repórter Brasília

- Publicada em 14 de Abril de 2020 às 03:00

Coronavírus e o presidente

O presidente Jair Bolsonaro disse a líderes religiosos, neste domingo, durante a celebração de Páscoa, que o novo coronavírus "está começando a ir embora". Temos dois problemas pela frente, o vírus e o desemprego, acentuou Bolsonaro, dizendo: "Tenho dito desde o começo, há 40 dias. Mas está chegando e batendo forte o desemprego", afirmou o presidente, ao final da celebração, realizada por videoconferência. Não é a mesma visão que tem o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que prevê uma aceleração em maio e desaceleração em meados de junho.
O presidente Jair Bolsonaro disse a líderes religiosos, neste domingo, durante a celebração de Páscoa, que o novo coronavírus "está começando a ir embora". Temos dois problemas pela frente, o vírus e o desemprego, acentuou Bolsonaro, dizendo: "Tenho dito desde o começo, há 40 dias. Mas está chegando e batendo forte o desemprego", afirmou o presidente, ao final da celebração, realizada por videoconferência. Não é a mesma visão que tem o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que prevê uma aceleração em maio e desaceleração em meados de junho.

Brasileiro não sabe quem escutar

De Goiânia, do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, o ministro Luiz Henrique Mandetta falou ao Fantástico que "maio e junho serão os meses mais duros" da pandemia de Covid-19. Alertou que "quando você vê as pessoas entrando em padaria, entrando em supermercados, fazendo filas uma atrás da outra, encostadas, grudadas, pessoas fazendo piquenique em parque, isso é claramente uma coisa equivocada. O brasileiro não sabe se escuta o ministro ou o presidente", criticou o ministro .

Profetas do caos

O pastor Silas Malafaia, também no final de semana, criticou o que chamou de "profetas do caos". "Lógico, toda morte é uma tragédia. Não estamos aqui fazendo jogos de números, de morte. Mas a verdade é que há um espírito de pânico e medo colocado na população por interesses escusos e interesses políticos", declarou. "Perdeu a mão", diz o deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos (PDT, foto). Para ele, "o presidente Bolsonaro perdeu a mão. Perdeu o jeito e acabou perdendo o respeito. Ele perdeu a mão na relação com o Congresso, e perdeu o jeito ligeiramente com os dele. E hoje, na verdade, tem gente dentro do governo dando um "para-te-quieto" nele, que é, vamos dizer assim, o time militar. São aliados, mas que são conselheiros que estão dando conselhos que são quase ordens para ele".

Junta de comando

Para o parlamentar, "nós estamos sendo governados não por um presidente, mas por uma junta de comando", afirmou o deputado. "Eu não estou dizendo que é ruim, porque até esse momento, digamos assim, estão sendo sensatos."

Congresso tem que responder

"O Congresso tem que dar a sua resposta", avalia o deputado Pompeo de Mattos. Para o congressista, "a nau está sem comando hoje, está à deriva. Então, como a gente diz; o segundo contra-médico, o que interessa é o que está fazendo a Câmara".

Câmara assume protagonismo

Pompeo de Mattos considera que "o Rodrigo (Maia, presidnete da Câmara) está agindo com um protagonismo muito forte. Nunca antes um presidente da Câmara teve um protagonismo tão forte. O Executivo perdeu a mão, perdeu o rumo, e a gente tinha que fazer alguma coisa". Segundo Pompeo, "Rodrigo está negociando com o Mandetta as questões da saúde, negociando com Paulo Guedes, as questões da economia, e pressionando, a ponto de dizer: 'Olha, se o presidente tomar a medida tal, a Câmara, o Congresso atuam'". Para o deputado, "nunca o Congresso foi ousado ao ponto de dizer assim, de dar um recado, praticamente ameaçando o presidente".
 
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