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Repórter Brasília

- Publicada em 05 de Abril de 2020 às 21:10

General acalma ebulição política


EVARISTO SA/AFP/JC
A entrevista do general Villas Bôas (foto) botando um balde de água fria na agitação política, somada a uma leve recuperação dos mercados na sexta-feira, dará o tom dos bastidores da política e da tendência da economia nesta semana que se inicia. Com sua habitual moderação, o ex-comandante do Exército deixou bem claro que os militares não farão qualquer intervenção no quadro político, assegurando que o presidente da República é um democrata sincero. Ou seja: enquanto estiver dentro da lei, Jair Bolsonaro (sem partido) não corre perigo de ser deposto ou constrangido.
A entrevista do general Villas Bôas (foto) botando um balde de água fria na agitação política, somada a uma leve recuperação dos mercados na sexta-feira, dará o tom dos bastidores da política e da tendência da economia nesta semana que se inicia. Com sua habitual moderação, o ex-comandante do Exército deixou bem claro que os militares não farão qualquer intervenção no quadro político, assegurando que o presidente da República é um democrata sincero. Ou seja: enquanto estiver dentro da lei, Jair Bolsonaro (sem partido) não corre perigo de ser deposto ou constrangido.
Padrão de comportamento
Na economia, os mercados mantiveram um padrão de comportamento que poderá repetir-se a partir desta segunda-feira. Nos primeiros dias da semana passada, as bolsas do mundo inteiro apresentam quedas significativas, recuperando-se na quinta e na sexta-feira. A bolsa de São Paulo começou a semana passada com 79 mil pontos, mas caiu para menos de 70 mil.
Terremoto do coronavírus
Com isso, os analistas dos mercados estão estimando que até o final do ano, impulsionada pela esperada recuperação da economia e reativação dos negócios após a passagem da pandemia, o Ibovespa chegará a 90 mil pontos. Este índice é bem menos do que os 140 mil pontos que se esperavam no início do ano, antes do terremoto do coronavírus baixar sobre o País. Em resumo: a quinzena fatal da pandemia, prevista para iniciar em 5 de abril, começa com estabilidade nas crises colaterais. A incerteza fica para quanto o vírus vai causar de problemas na saúde das pessoas.
O frentão impossível
Na área política, a sensação da semana passada foram os afagos virtuais entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). No poder a partir da década de 1990, PSDB e PT foram engordados pelas adesões e se tornaram hegemônicos. Derrotadas nas eleições de 2018, as duas legendas vêm se desidratando, enquanto outras agremiações, integrantes do chamado "centrão", procuram se colocar como alternativas de poder.
Bloco competitivo
O projeto é constituir um bloco competitivo para chegar ao segundo turno e disputar com alguma chance, contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Essa frente (ainda não é um namoro) entre os dois chefões paulistas, poderia ser um passo para formar um bloco eleitoral mais consistente que aquela frágil aliança tática dos pequenos e médios partidos que se expressa apenas no Congresso.
Tucanos e petistas
O reencontro de tucanos e petistas ainda é uma miragem, dizem alguns analistas. União dos derrotados não é novidade no Brasil. Haja vista a tentativa frustrada da Frente Ampla, articulada em 1968 pelos então inconciliáveis PSD-PTB e UDN, com a participação de Carlos Lacerda, João Goulart e Juscelino Kubitschek. Esse movimento foi uma das causas pouco lembradas do susto que levou o regime militar a se refugiar atrás do AI-5, apertando a ditadura, botando essa frente na ilegalidade. O formato dessa inimaginável aliança somente poderá ser definido após as eleições municipais, quando cada qual poderá botar na mesa as fichas de seus resultados nas urnas.
 
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