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Repórter Brasília

- Publicada em 01 de Abril de 2020 às 21:48

Tendência de protecionismo

Ex-embaixador do Brasil em Washington e presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior, Rubens Barbosa (foto) prevê que, após o coronavírus, haverá um equilíbrio de forças entre os países. Acredita que "depois que passar essa tempestade que está assolando o mundo inteiro, os países vão mudar". Segundo o diplomata, "esse coronavírus, essa pandemia que estamos sofrendo, se assemelha muito a grandes acontecimentos que tiveram um papel muito importante na história da humanidade". 
Ex-embaixador do Brasil em Washington e presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior, Rubens Barbosa (foto) prevê que, após o coronavírus, haverá um equilíbrio de forças entre os países. Acredita que "depois que passar essa tempestade que está assolando o mundo inteiro, os países vão mudar". Segundo o diplomata, "esse coronavírus, essa pandemia que estamos sofrendo, se assemelha muito a grandes acontecimentos que tiveram um papel muito importante na história da humanidade". 

Acontecimentos da história

Barbosa citou os exemplos da "Revolução Industrial, as grandes guerras e as crises financeiras de 1929 e 2008, que tiveram impacto sobre todos os países, sobre a relação entre os países. E isso vai acontecer, na minha visão, depois que superarmos essa crise, e isso agora ocorre por vários fatores, o principal deles, eu acho, é o peso da China no mundo em que nós vivemos".

Equilíbrio de forças

Deve acontecer um equilíbrio de forças entre os países, comentou Barbosa, lembrando que hoje o grau de dependência das empresas e de muitos países em relação à China é enorme: "80% dos ingredientes ativos, inclusive remédios, são fabricados na China".

Queda do comércio internacional

O presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior comentou que, "no início da semana, houve uma reunião dos ministros de Comércio Exterior, do G-20, grupo das maiores nações industriais do mundo. O Brasil como uma das 10 maiores, esteve presente, e o resultado é muito preocupante. Chegaram à conclusão, por estudos que foram feitos pela Organização Mundial de Comércio, que o comércio internacional pode cair de 5% a 30%, e a economia global pode recuar 5% ou 6%". O diplomata chama atenção, especialmente, nessa questão da economia global, ao crescimento da economia global. "Nós vamos entrar numa depressão, o que é muito sério."

Crescimento do agronegócio

Para o deputado federal gaúcho Jerônimo Goergen (PP), "o Brasil vai crescer cada vez mais naquilo que é uma vocação natural nossa, que é o agronegócio. Porque nisso nós somos imbatíveis". O parlamentar disse que tem cobrado muito uma postura do governo de apoio aos agricultores. É aqui que vão estar as condições de o Brasil retomar mais rápido o crescimento, no agro", reforçou.

Mudanças pela renovação

Na opinião de Jerônimo Goergen, "a renovação trará mudanças, porque a tecnologia realmente é o espaço que nós vamos ter para aprimorar muito". Segundo o deputado, "a soma também prevista para esse cenário todo é ver como é que se vai competir no agro, como é que nós vamos agregar valor; não mandar soja só, mandar presunto, mandar salame; mandar não o porco, mandar bacon".

Acabou o mercado

Na avaliação de Goergen, "acabou o mercado". "Agora é o Estado que tem que vir para cima. Acho que a tese do Estado necessário, que é aquele Estado que oferece educação, saúde e segurança, e não necessariamente público, pode ser privado; mas a prioridade do Estado é isso." O congressista afirmou que "é um Estado que tenha reserva não só para injetar dólares do mercado, mas reserva para ajudar num momento como esse".
 
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