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Repórter Brasília

- Publicada em 30 de Março de 2020 às 21:51

Desafios do presidente

A semana em Brasília começa com a preocupação geral dos poderes com a pandemia do coronavírus e, mais uma desafiante ação do presidente Jair Bolsonaro, na contramão do isolamento social, saindo às ruas, visitando ambulantes e feiras em cidades satélites do DF. Nesta segunda-feira, mais uma vez, Bolsonaro reafirmou sua posição contrária ao isolamento. No Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios as opiniões são divididas, o presidente tem apoio de alguns ministros.
A semana em Brasília começa com a preocupação geral dos poderes com a pandemia do coronavírus e, mais uma desafiante ação do presidente Jair Bolsonaro, na contramão do isolamento social, saindo às ruas, visitando ambulantes e feiras em cidades satélites do DF. Nesta segunda-feira, mais uma vez, Bolsonaro reafirmou sua posição contrária ao isolamento. No Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios as opiniões são divididas, o presidente tem apoio de alguns ministros.

Alinhados com as reformas

O Congresso Nacional continua com reuniões virtuais, e tem aprovado o que é urgente para o País e a população brasileira enfrentarem a crise. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ) e do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), estão alinhados com as propostas de reformas do ministro Paulo Guedes. Ao mesmo tempo, o Parlamento mostrou sua força política, com a Câmara aprovando, na quinta-feira, e o Senado, ontem, o auxílio ao trabalhador informal, com valor maior do que queria o governo, de R$ 600,00 por mês. Falta apenas a sanção. Mas como disse um político gaúcho, com seu linguajar regional, "no meio desse tiroteio todo, não precisava o Bolsonaro 'inticar' com política, neste momento em que a saúde é prioridade absoluta".

Situação confusa

Na opinião do deputado federal gaúcho Lucas Redecker (PSDB, foto), "a situação é bastante confusa no próprio governo". Segundo o parlamentar, "o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o secretário João Gabbardo têm um discurso lúcido em relação ao coronavírus, que não é uma novidade do Brasil, está acontecendo no mundo inteiro. Já o presidente Bolsonaro, na minha visão ele está preocupado com a economia". Redecker acentua que "todos nós estamos, mas ele deveria dar o exemplo, porque a população e os próprios governantes acabam ficando confusos. No próprio governo federal existem duas linhas com diferentes posições. O presidente dizendo uma coisa, e o ministro da saúde dizendo outra".

Presidente estimula saída

"O que eu acho é que a gente tem que se interrogar, pois está todo mundo preocupado com a economia, principalmente aqui na minha região, como setor calçadista, o comércio. Enfim, está na hora de a rede pública se organizar com leitos, triagem, UTIs, para que se possa gradativamente voltar ao trabalho, começando com aquelas pessoas que não são do grupo de risco. Tem que se conseguir fazer as coisas de forma ordenada. A leitura na minha opinião, é que o presidente estimula as pessoas a saírem do isolamento, até as que são do grupo de risco", lamenta o congressista.

Base garante apoio

Por outro lado, em meio a um turbilhão de críticas vindas de todas as direções devido às ideias de como o Brasil deveria enfrentar o novo coronavírus, Jair Bolsonaro, segundo deputados e senadores da base governista, ainda tem um certo respaldo no Congresso Nacional.
 
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