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Repórter Brasília

- Publicada em 23 de Março de 2020 às 03:00

Represando a crise

Esta semana vai mostrar a marca do termômetro para uma previsão de como será o desenvolvimento da crise no Brasil. O Banco Central já reduziu em 0,5 ponto percentual a taxa Selic, que ficará nos números mais baixos da história, em 3,75% ao ano. Longe vão os tempos de mais de 20% de taxa de juros, nos anos "dourados" da inflação galopante.
Esta semana vai mostrar a marca do termômetro para uma previsão de como será o desenvolvimento da crise no Brasil. O Banco Central já reduziu em 0,5 ponto percentual a taxa Selic, que ficará nos números mais baixos da história, em 3,75% ao ano. Longe vão os tempos de mais de 20% de taxa de juros, nos anos "dourados" da inflação galopante.

Alinhamento com o G-7

Esse movimento das autoridades monetárias alinha o Brasil com os países do G-7, os mais adiantados do mundo, que estão agindo fortemente para dar confiança aos mercados, demonstrando claramente que nos governos não abandonaram as economias às suas próprias sortes.

Blindar economia produtiva

Nesta semana, o Congresso dos Estados Unidos vai votar e aprovar medidas para blindar o quanto possível a economia produtiva do país, oferecendo pacotes de estímulos fiscais às empresas. Essas medidas somam-se aos programas de estímulos creditícios, que vinham sendo conduzidos pelos Poderes Executivos, tanto na América do Norte como na Europa e no Japão. Um sinal efetivo, nesse sentido, foi o anúncio, na última sexta-feira, da ampliação do fundo de socorro da Grã-Bretanha, que aumentou de 200 bilhões de libras esterlinas para 645 bilhões, ao mesmo tempo em que o Banco Central europeu confirmou que elevou para € 650 bilhões os recursos destinados à salvação da economia na comunidade europeia.

Velocidade nas providências

Impressiona a rapidez com que essas providências são tomadas e implementadas nos países líderes da economia mundial. No Brasil, as duas casas legislativas estão se mexendo para responder aos desafios que se lhes impõe o mergulho vertiginoso da economia, na medida em que a pandemia se instala nas principais cidades do País. O Congresso está fazendo o que é possível, nas circunstâncias, tomando medidas como adequar-se ao funcionamento virtual e enfrentar objetivamente os obstáculos políticos para remover entraves legais e estruturais ao funcionamento dos negócios com um mínimo de entraves burocráticos e administrativos. Resta saber como os estados vão se juntar a esse esforço dos deputados federais e dos senadores. Um desafio à liderança dos governadores.

Expectativas favoráveis

A semana passada encerrou-se com expectativas favoráveis, em Brasília, diante do otimismo relativo nos mercados internacionais, sinalizando para uma estabilização da crise. As bolsas, tanto na Europa como na América do Norte e na Ásia, fecharam com pequenas altas, depois de uma semana esquizofrênica. Também no Brasil, a bolsa de São Paulo deu sinais de vida, embora seus números sejam assustadoramente baixos, na casa dos 60 mil pontos, depois de várias baixas acentuadas.

Governo mais calmo

Também o governo federal está mais calmo. O secretário do Tesouro, Mansueto de Almeida (foto), disse que espera fechar o ano com crescimento nulo, ou seja, zero por cento, número um pouco melhor do que estimativas do sistema bancário, cujos macroeconomistas estão cravando uma recessão mínima de 0,3% negativos. A se confirmar, não serão números tão ruins quanto se falou há uma semana. Atenção para os sinais dos mercados nesta segunda-feira.
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