Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 01 de Março de 2020 às 20:49

Poderosos da República

A disputa entre parlamentares buscando alguma vantagem rumo às eleições às presidências da Câmara dos Deputados e do Senado (em fevereiro), dois dos cargos mais poderosos da República, começou um ano antes do pleito. Essa antecipação ocorre porque, nos próximos 12 meses, o Parlamento, necessariamente, terá sua agenda dividida por reformas econômicas (administrativa e tributária) e eleições municipais.
A disputa entre parlamentares buscando alguma vantagem rumo às eleições às presidências da Câmara dos Deputados e do Senado (em fevereiro), dois dos cargos mais poderosos da República, começou um ano antes do pleito. Essa antecipação ocorre porque, nos próximos 12 meses, o Parlamento, necessariamente, terá sua agenda dividida por reformas econômicas (administrativa e tributária) e eleições municipais.
Teste de fogo
Um importante exercício para potenciais candidatos testarem seu poder de fogo e sua capacidade para convencer os parlamentares para a disputa interna, tentando ocupar as mais importantes cadeiras da Câmara dos Deputados e do Senado, são as eleições municipais. Cada cadeira tem um poder específico. A dos deputados ocupa o terceiro lugar na linha de sucessão presidencial. A dos senadores controla a pauta do Congresso.
Contrário à reeleição
PABLO VALADARES/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
O deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB, foto), presidente da poderosa Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), que defende a produção rural e o agronegócio brasileiro, deu seu recado sem rodeios: "Sou contrário à reeleição". Disse que, "por enquanto, ainda não é candidato à sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ)". De acordo com o parlamentar, "parece que o DEM reivindicou a Câmara dos Deputados. Tem que ter alternância de poder na presidência da Câmara. Precisa ter", diz.
Imagem e reflexão
Na opinião de Alceu Moreira, "o Congresso Nacional e a Câmara dos Deputados tem outra imagem da reeleição, e ela precisa refletir na sua presidência a pauta de votação, e pode não ser de acordo com o que o Rodrigo Maia está propondo hoje".
Ainda é cedo
Para Alceu Moreira, "é cedo ainda para falar em candidaturas, porque, neste momento, agora, em virtude da Frente Parlamentar, é importante articular com o líder de diversos partidos que estão na frente para ver a viabilidade disso. Acho que a frente, a presidência da Câmara neste mandato de 2020, ela, na verdade, precisa fazer uma proposta de grande apoio ao desenvolvimento nacional".
Valorização do Parlamento
Deputados afirmam que "o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tirou a Câmara do meio de uma saraivada de balas e críticas, valorizou o Parlamento". O salto, segundo alguns congressistas, "ocorreu quando o governo federal, nos primeiros meses de 2019, desdenhou da Câmara, atropelando os deputados, renegando as coligações".
Obstáculo ao governo
A postura beligerante do Palácio do Planalto fez com que, com a liderança de Rodrigo Maia, o Parlamento enfrentasse a caneta palaciana e crescesse. Acabou por se tornar um obstáculo para Jair Bolsonaro que, por conta desse fato sofreu várias derrotas no plenário em seu primeiro ano de governo. O problema parece que acabou, mas está bem vivo nos corredores dos dois Poderes. O Congresso incomoda o Executivo e já foi rotulado de "parlamentarismo branco", por Paulo Guedes, ou "chantagistas", pelo ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO