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Repórter Brasília

- Publicada em 22 de Janeiro de 2020 às 23:37

Culpa da pobreza

POL - deputado federal gaúcho Alceu Moreira foto Pablo Valadares Câmara dos Deputados

POL - deputado federal gaúcho Alceu Moreira foto Pablo Valadares Câmara dos Deputados


/PABLO VALADARES/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
"O pior inimigo do meio ambiente é a pobreza. As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer. Eles têm todas as preocupações que não são as preocupações das pessoas que já destruíram suas florestas, que já lutaram suas minorias étnicas, essas coisas. É um problema muito complexo, não há uma solução simples", afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
"O pior inimigo do meio ambiente é a pobreza. As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer. Eles têm todas as preocupações que não são as preocupações das pessoas que já destruíram suas florestas, que já lutaram suas minorias étnicas, essas coisas. É um problema muito complexo, não há uma solução simples", afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Mais alimentos
O ministro também afirmou que "todos precisamos de mais alimentos, mas que, dependendo dos produtos químicos necessários para produzir mais alimentos, você não tem um meio ambiente limpo, e essa é uma solução política, não é simples, é muito complexa", assinalou.
Críticas das entidades
As principais entidades de preservação do meio ambiente reagiram rápido e criticaram as declarações do ministro. O Greenpeace, disse que "a declaração está cheia de equívocos e imoralidades". A entidade defende que "os pobres são os que mais sofrem com destruição de rios, florestas e ecossistemas". Para a WWF-Brasil, "a visão do ministro é historicamente atrasada e factualmente equivocada". Pesquisador da ONU, frisou que, "o desmatamento brasileiro não tem ligação com cultivo de alimentos".
Interesses comerciais
O presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB), afirmou que "a explicação para isso ela não pode ser lida e respondida com respostas rasas, é sempre um grupo multilateral, sempre tem muitas questões envolvidas". Segundo o líder do agronegócio, "na questão ambiental tem utilizado essa pauta para contrapor interesses comerciais, que são regras de mercado. Ela tem a ver também, com certeza, com a pobreza, as pessoas que vivem sem saneamento básico, sem esgoto, sem as condições mínimas; principalmente nas grandes cidades elas acabam vivendo disto, ela também é um dos fatores", argumenta.
Investimento em saneamento
Para o congressista, "o problema tem muito a ver com a infraestrutura nacional, a falta de cuidados principalmente nos grandes centros urbanos. Então precisa fazer investimento profundo em saneamento básico. Isso é preciso fazer porque trata da questão de saúde. Tratar a poluição do Brasil apenas pelo viés ambiental e da Amazônia, isso com certeza, embora o presidente tenha criado comissão para poder trabalhar nisso, botar o Mourão que é uma pessoa muito qualificada e conhece muito esse trabalho; mas é preciso fazer isso permanentemente, nós devemos estar trabalhando para fazer o controle para não permitir o desmatamento ilegal".
Contrário ao desmatamento
"O agro é totalmente contrário ao desmatamento ilegal", garantiu Alceu Moreira. Acrescentando que "não pode se desviar da tese de que, utilizar-se do Brasil como um País que desrespeita a questão ambiental, tem a ver com a desvalorização dos nossos produtos, inclusive na competição de mercado". Para o parlamentar, "o problema precisa ser olhado por todos os ângulos, sempre observando todos os ângulos do processo. Uma explicação única sempre terá críticas, porque ela não é única, não é determinante", sentenciou.
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