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Repórter Brasília

- Publicada em 10 de Janeiro de 2020 às 03:00

Avanço das reformas

Germano Rigotto

Germano Rigotto


/CLAITON DORNELLES/arquivo/JC
O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB, 2003-2006, foto), faz ao Repórter Brasília uma avaliação da situação do País neste primeiro ano de governo Jair Bolsonaro (sem partido) e fala da expectativa para 2020. Rigotto disse que vê um quadro muito difícil para o avanço das reformas este ano por ser ano eleitoral. Admite que "tem a oportunidade, e tem uma janelinha aí para que as reformas tributária e administrativa, avancem. Acho mais fácil considerar a administrativa do que a tributária", ponderou.
O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB, 2003-2006, foto), faz ao Repórter Brasília uma avaliação da situação do País neste primeiro ano de governo Jair Bolsonaro (sem partido) e fala da expectativa para 2020. Rigotto disse que vê um quadro muito difícil para o avanço das reformas este ano por ser ano eleitoral. Admite que "tem a oportunidade, e tem uma janelinha aí para que as reformas tributária e administrativa, avancem. Acho mais fácil considerar a administrativa do que a tributária", ponderou.
Tributária mais difícil
Rigotto, que é especialista e palestrante sobre o assunto em diversos fóruns nacionais, alerta que as dificuldades da reforma tributária são porque existem dois projetos no Congresso e um governo que ainda não sabe exatamente para onde vai. "Acho difícil neste ano eleitoral o avanço da reforma tributária."
Retomada do crescimento
"O que eu acho é que neste ano, com relação ao início de 2019, tem um clima muito mais favorável à retomada do crescimento", afirmou o ex-governador. "Quer dizer, indicadores não são só a redução das taxas de juros Selic, o juro muito baixo, o fato de ter crédito disponível no sistema financeiro, o fato de ter um país que está cada vez mais produzindo e vai continuar produzindo muito mais em termos do nosso agronegócio, para dentro e para fora, então isso faz uma diferença".
Excesso de interferência
Um ponto positivo, na opinião de Rigotto, foi o presidente Bolsonaro reduzir o excesso de fala e a interferência dos seus filhos no governo. "Quer dizer, tu vês que os filhos recuaram. O presidente está falando menos, e quando fala é com mais conteúdo e sabendo onde ele quer chegar. Isso também é um fator que vai ajudar nesse processo de retomada do crescimento. Em 2019 teve muita crise gerada pelo nosso governo, e agora tudo leva a acreditar na possibilidade de a gente ter um ano de 2020 com mais crescimento, geração de emprego, e no que diz respeito ao emprego já existem notas que têm uma retomada lenta, mas têm uma retomada", avalia.
Mais investimentos
Para o especialista, "essa redução da taxa de juros leva a mais investimento, a uma situação em que as pessoas tenham melhores condições para compras, mas, de um outro lado, o que pouca gente fala, é que essa redução da taxa Selic significa uma economia para o governo absurda. Porque a maior parte da dívida interna, a rolagem da dívida, o indexador dela é a Selic. O governo estava gastando R$ 350 bilhões a R$ 370 bilhões ano para rolar a dívida e, com a redução da taxa básica de juros, que é o indexador mais utilizado para essa rolagem, significa um custo muito menor para o governo, ou seja, um déficit em queda", argumenta.
Panorama internacional
"Mudanças poderão ocorrer conforme a evolução do quadro internacional, a exemplo da crise entre Estados Unidos e Irã, que afetam a maioria dos países, inclusive o Brasil. O fato de nós termos um caso desses entre Irã e Estados Unidos, claro, é um fator ruim. Para o Brasil, num momento da retomada do crescimento, com a possibilidade de retomar os investimentos internos e externos aqui dentro, o investidor segura no momento que tem essa instabilidade, essa insegurança do que vai acontecer. Não é só o preço do barril do petróleo, o efeito do aumento do preço do combustível e da inflação", avalia Rigotto.
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