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Repórter Brasília

- Publicada em 08 de Janeiro de 2020 às 03:00

Ventos de guerra

Os bolsos sentem os ventos de guerra. O ouro bate todos os outros ativos em valorização, surpreendendo os analistas. A proverbial parte mais sensível do corpo humano deixa para trás outros investimentos e se concentra no antigamente chamado "vil metal". Na hora do perigo, quando tudo se desfaz, é a solidez e a eternidade do mais antigo lastro monetário que volta à tona. Nestes dias, enquanto o petróleo e o dólar mal se mexeram em suas cotações, o ouro manteve sua tendência de alta, atingindo, não é de hoje, no total, 22%. Sentia pelo faro.
Os bolsos sentem os ventos de guerra. O ouro bate todos os outros ativos em valorização, surpreendendo os analistas. A proverbial parte mais sensível do corpo humano deixa para trás outros investimentos e se concentra no antigamente chamado "vil metal". Na hora do perigo, quando tudo se desfaz, é a solidez e a eternidade do mais antigo lastro monetário que volta à tona. Nestes dias, enquanto o petróleo e o dólar mal se mexeram em suas cotações, o ouro manteve sua tendência de alta, atingindo, não é de hoje, no total, 22%. Sentia pelo faro.
Sanções comerciais
Embora o quadro político-militar no Oriente Médio não seja tão assustador quanto as palavras de ordem histéricas nas ruas de Teerã, é de se esperar um endurecimento nas relações comerciais, como resposta dos Estados Unidos às ameaças e eventuais atos de retaliação pela morte do general iraniano, Qasem Soleimani. Se assim for, deve atingir o comércio, com a aplicação de novas sanções ao governo dos aiatolás.
Freguês de longa data
O Irã é freguês de longa data da produção gaúcha: milho - em primeiro lugar -, soja e carne são as principais commodities que os gaúchos mandam para lá. É um mercado tão importante que, nos velhos tempos, a Cotrijui chegou a montar um terminal portuário do Golfo Pérsico. Até o momento, esta crise não chegou ao Estado, porque os alimentos não foram incluídos na lista de proibições do presidente norte-americano, Donald Trump. Mas podem ser acrescentados. Aí está a ameaça: como reagiria o governo brasileiro a esse posicionamento dos Estados Unidos. Alinhada a Washington, Brasília poderá ceder e mandar os navios rio-grandenses darem meia volta.
Soleimani era candidato
Ainda na área de política internacional, os analistas começam a ver através da fumaça, sugerindo que a crise do Oriente Médio tende a se estabilizar. No Irã, o país mais atingido pelo efeito psicossocial do atentado contra o general, um novo quadro eleitoral começa a se configurar rapidamente. Soleimani era o candidato da linha dura militar/religiosa para suceder o presidente moderado, Hassan Rohani, muito criticado pelos mulás. O herói morto, arrojado e muito popular, era um obstáculo a uma composição moderada na sucessão iraniana. Sem ele, os radicais não teriam um candidato à altura para neutralizar o crescente descontentamento da classe média do país, que vem provocando distúrbios - alguns sangrentos - nas ruas da capital.
Livro-bomba
Às pessoas que, no Rio Grande do Sul, acompanharam de perto os fatos, no seu tempo, impressiona a precisão do texto do livro História de uma amizade, que narra o relacionamento pessoal entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o empresário Emílio Odebrecht, dono da Braskem, empresa controladora do Polo Petroquímico de Triunfo. Um capítulo do livro foi revelado em primeira mão no último sábado no blog Repórter Brasília. A obra é de autoria da jornalista Malu Gaspar, editado pela Companhia das Letras.
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